Folha de S. Paulo


Na reta final, Dilma assina decreto que regulamenta o Marco Civil da Internet

Roberto Stuckert Filho/PR 23.abr.2014
Presidenta Dilma Rousseff sanciona lei que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil, durante cerimônia de abertura do Encontro Global Multissetorial sobre o Futuro da Governança da Internet - NET Mundial. (São Paulo - SP, 23/04/2014) Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Presidente Dilma Rousseff, durante cerimônia de abertura do encontro NET Mundial

Em um dos prováveis últimos atos como presidente da República, Dilma Rousseff assinou nesta quarta-feira (11) o decreto que regulamenta o Marco Civil da Internet, uma espécie de Constituição brasileira para uso da rede mundial de computadores.

As normas estabelecidas pela petista constarão no Diário Oficial da União desta quinta-feira, ao que tudo indica, último dia em que ele ocupará a principal cadeira do Executivo Federal.

Conforme a Folha revelou nesta terça (10), a presidente pretendia finalizar o processo do Marco Civil antes de deixar o Palácio do Planalto.

O Senado deverá confirmar até o final da madrugada desta quinta-feira a aprovação do processo de impeachment de Dilma. Caso isso ocorra, ela será afastada por até 180 dias, e Michel Temer ocupará a presidência da República.

Os técnicos da Casa Civil estavam trabalhando até a tarde desta quarta (11) nos últimos ajustes para que o texto fosse finalizado e rubricado pela presidente antes da sessão em que os senadores apreciariam o pedido de impedimento.

Nas últimas 72 horas, Dilma procurou interlocutores de sua confiança, conhecedoras do tema, para opinarem sobre a versão final do decreto.

O Marco Civil da Internet foi aprovado pelo Legislativo e sancionado pela presidente no primeiro semestre de 2014, após uma longa discussão no Congresso, sobretudo na Câmara dos deputados.

A tramitação da matéria marcou um dos mais difíceis embates travados pelo Palácio do Planalto com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à época, líder do partido na Câmara. O peemedebista era contra a neutralidade da rede, ponto fundamental do projeto, na avaliação do governo.


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