Folha de S. Paulo


Justiça concede prisão domiciliar para executivo da Engevix

A Justiça Federal no Rio de Janeiro converteu a prisão preventiva de um dos sócios da empreiteira Engevix José Antunes Sobrinho em prisão domiciliar nesta segunda-feira (9). Ele foi detido em razão das apurações da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Antunes é réu em ação penal na Justiça Federal no Rio de Janeiro desmembrada da Lava Jato, na qual ele é acusado de crimes de corrupção relativos a contratos da estatal Eletrobras.

O advogado Tracy Joseph Reinaldet, defensor do executivo, afirmou que Antunes deverá deixar a carceragem da Polícia Federal em Curitiba nas próximas horas.

O juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro Marcelo da Costa Bretas atendeu ao pedido da defesa de Antunes sobre a mudança no regime de prisão por entender que "ante o término das audiências de instrução e julgamento e ainda diante das afirmações do acusado em seu interrogatório, é razoável acreditar que, no mínimo, o acusado que, ora está preso, não estaria predisposto à reiteração de práticas criminosas, ou ainda de algum modo a prejudicar a fase final da presente ação penal".

Segundo o magistrado, o fato de Antunes não ter assinado acordo de delação premiada com o Ministério Público "não é obstáculo à substituição da custódia preventiva" e ele apresentou "justificativas plausíveis" sobre contatos que manteve com outro acusado. A princípio, os diálogos com o outro réu foram considerados indícios de que o executivo estaria agindo para ocultar provas.

Além disso, o juiz afirmou que "Antunes não buscou negar cegamente a acusação de irregularidades nos contratos inquinados de fraudulentos" e "mostrou-se disposto a reconhecer seus erros na administração de sua empresa, demonstrando ao juízo considerável resignação em relação às acusações sofridas e aos efeitos que vem suportando em razão desse processo penal".


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