O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, negou nesta quarta-feira (20) que tenha recebido convite do vice-presidente Michel Temer para assumir a Advocacia-Geral da União caso o peemedebista seja confirmado presidente.
A existência do convite foi publicada nesta quarta pela Folha, que reafirma a informação.
"Fico muito honrado, mas não houve [convite]. Costumo brincar que só nesse ano saí da secretaria para ser prefeito, ser ministro da Justiça, para ser advogado-geral da União, e na verdade continuo aqui na secretaria enquanto gozar da confiança do governador Geraldo Alckmin e ele entender que eu continue contribuindo com a segurança pública, com o governo, com São Paulo", declarou, em evento no quartel do Comando Geral da Polícia Militar, na região central de São Paulo.
"Não houve nenhum convite, nenhuma sondagem, fico até lisonjeado que meu nome seja lembrado pela imprensa. Estive ontem com o vice-presidente Michel Temer, que é amigo de mais de 20 anos, amigo pessoal, fui tomar café com ele para verificar a situação da segurança em virtude de possibilidade de manifestações. Pretendo cumprir [o trabalho na secretaria] até 31 de dezembro de 2018", acrescentou.
Apesar da negativa, a Folha apurou que o convite foi feito na última terça (19), durante café da manhã de Moraes com Temer, na residência do vice, em São Paulo. No encontro, o peemedebista pediu a Moraes que se empenhe na interlocução com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que presidirá o julgamento definitivo da presidente Dilma Rousseff no Senado.
O desmentido foi feito a pedido de Alckmin, que logo pela manhã, ao ser surpreendido com a notícia, cobrou a negativa de seu secretário.
Moraes e Temer são advogados constitucionalistas e têm boa relação. O secretário atualmente é filiado ao PSDB.