Folha de S. Paulo


Atos reúnem 250 mil na Paulista e 42 mil no Anhangabaú, diz Datafolha

No dia em que a Câmara vota o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, manifestações em São Paulo reuniram 250 mil pessoas na avenida Paulista e outras 42 mil no Vale do Anhangabaú, de acordo com o Datafolha.

Na Paulista, se reuniram neste domingo (17) grupos favoráveis ao impeachment da presidente. No Anhangabaú, na região central da cidade, o ato foi promovido por simpatizantes de Dilma.

A manifestação pelo impeachment na Paulista neste domingo reuniu metade do público presente no maior ato contra Dilma, promovido no dia 13 de março. Na ocasião, estiveram na avenida 500 mil pessoas, no maior ato político já contabilizado pelo Datafolha.

Ao longo de 2015, a participação em atos contra Dilma na Paulista variou de 40 mil a 210 mil manifestantes.

No campo político oposto, o maior ato anti-impeachment foi realizado em 18 de março, com 95 mil pessoas, de acordo com o Datafolha, também na avenida Paulista.

Outros grandes atos pró-governo desde março do ano passado reuniram de 37 mil a 55 mil pessoas.

Neste domingo, o pico de presença na Paulista, de acordo com o instituto, ocorreu às 17h, pouco antes do início da votação na Câmara, com 125 mil pessoas. A maior concentração ocorreu nos três quarteirões do Masp em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Em 13 de março, a grande aglomeração de manifestantes chegou a bloquear vias nas adjacências, como a alameda Santos. A Paulista ficou tomada de ponta a ponta.

Na região do Anhangabaú, os manifestantes contrários ao impeachment também se dispersavam bem antes da definição em Brasília. O momento de maior concentração ocorreu às 18h, quando se reuniram 33 mil pessoas.

Nos dois locais de manifestação, os pesquisadores fizeram a contagem no período entre 15h e 22h deste domingo.

MANIFESTAÇÕES EM SÃO PAULO - Veja a evolução dos atos pró e contra o governo, segundo o Datafolha

PÚBLICO EM SP, EM MIL

MÉTODO DE CONTAGEM

Para contabilizar o número de participantes, os pesquisadores do instituto percorrem a região do protesto e avaliam o número médio de manifestantes por metro quadrado. A área do evento é dividida em quadrantes, nos quais os pesquisadores estimam a concentração de pessoas. Locais próximos a carros de som, por exemplo, costumam ter densidade maior.

Ao mesmo tempo, os pesquisadores também entrevistam manifestantes e os questionam sobre há quanto tempo estão no ato. Um dos objetivos é avaliar a variação do público ao longo da manifestação.


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