O procurador Gianpaolo Smanio, candidato da situação, foi o mais votado por integrantes do Ministério Público de São Paulo para ser o novo procurador-geral de Justiça. A eleição interna foi realizada neste sábado (9).
Smanio teve 932 votos, 82 a mais que a segunda colocada, Eloisa Arruda, que teve 850 votos. Em terceiro lugar ficou o procurador Pedro Juliotti, com 547 votos.
Promotores e procuradores de todo o Estado votaram. Cada um podia votar em mais de um candidato à Procuradoria-Geral de Justiça. Foram 1.885 votantes, de um total de 2.027 aptos a votar.
Os nomes vão compor uma lista tríplice, conforme a colocação no pleito, que será entregue neste domingo (9) ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). Constitucionalmente, o governador do Estado tem a prerrogativa de indicar o chefe do Ministério Público –que não precisa ser necessariamente o mais votado.
PERFIL
Smanio foi o candidato apoiado por Márcio Elias Rosa, atual procurador-geral cujo segundo mandato se encerra, após quatro anos no cargo. Com 28 anos de carreira no Ministério Público de SP, foi subprocurador-geral de Justiça Institucional nos últimos dois anos.
Bacharel em Direito pela USP, mestre e doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC-SP, também foi secretário-geral do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Após a divulgação da lista tríplice, na sede da instituição, no centro de São Paulo, Smanio recebeu cumprimentos, mas não quis dar entrevistas até que Alckmin faça usa indicação para o cargo. O governador terá 15 dias para se manifestar.
Rosa comemorou a vitória. "Fico orgulhoso de ter apoiado o candidato que encontrou maior receptividade na classe, o que é um indicativo de que o projeto terá continuidade como vem sendo desenvolvido", declarou.
"O Ministério Público cumpriu sua etapa, agora há de se esperar o pronunciamento do governador."
VOTAÇÃO UNINOMINAL
Se fossem contabilizados somente os votos uninominais (de eleitores que votaram em apenas um candidato), Smanio teria 727 votos, Arruda, 490, e Juliotti, 154.
A contabilização uninominal não é a que vale para a lista tríplice, mas serve para aferir de outro modo a preferência dos eleitores, informou a assessoria do Ministério Público.