Folha de S. Paulo


Teori Zavascki homologa delação de executivos da Andrade Gutierrez

Pedro Ladeira - 12.nov.2015/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 12-11-2015, 15h00: Sessão plenária do STF, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski. O STF deve discutir uma ação da OAB que questiona a possibilidade de doações ocultas de pessoas físicas permitidas pela minirreforma eleitoral. O relator da matéria é o ministro Teori Zavascki. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
O ministro Teori Zavascki, durante sessão do STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki homologou a delação premiada do ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo e do ex-executivo da construtora Flávio Barra.

Questionado pela manhã sobre a validação dos depoimentos, o magistrado, que é relator dos casos relacionados à Operação Lava Jato na Corte, indiciou que manterá o conteúdo em sigilo, ao menos no primeiro momento.

"Em matéria de delação premiada, a lei estabelece que tudo tem que ser mantido em sigilo. Enquanto as partes não abrirem mão do sigilo, eu vou manter a lei", disse o ministro. Teori não confirmou oficialmente a homologação.

A Folha apurou que a PGR (Procuradoria-Geral da República) tende a não pedir a retirada do segredo de Justiça, uma vez que as informações prestadas por Azevedo e Barra devem embasar novas frentes de investigação da Lava Jato.

Conforme a Folha revelou na edição desta quinta (07), os executivos contaram aos investigadores que a empresa fez doações legais às campanhas da presidente Dilma Rousseff e de seus aliados, utilizando recursos oriundos de obras superfaturadas da Petrobras.

Eles relataram ainda que as construtoras responsáveis pela obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte acertaram pagamentos de R$ 150 milhões em propina, o equivalente 1% do valor que elas iriam receber pelas contratos.

Doações da Andrade Gutierrez - Em R$ milhões


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