A presidente Dilma Rousseff exonerou nesta segunda-feira (4) Vinícius Renê Lummertz da Silva do cargo de presidente da Embratur. Silva era vinculado ao PMDB de Santa Catarina, primeiro diretório do partido a declarar o desembarque do governo petista.
A agência é uma autarquia do Ministério do Turismo e é responsável pela promoção do Brasil em outros países. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda. Ainda não há indicação de um substituto. Silva tomou posse do cargo em maio de 2015, quando Temer assumiu o comando do país por alguns dias enquanto Dilma cumpria agenda oficial no México.
O governo tem retirado de cargos de segundo e terceiro escalões nomes ligados ao PMDB porque a sigla rompeu oficialmente com o Palácio do Planalto na semana passada e determinou a entrega de todos os postos ocupados por correligionários. Os espaços serão destinados agora a integrantes de partidos como o PP, PR, PDT, Pros, PTN e outros que tem negociado com o governo o apoio no Congresso para barrar o processo de impeachment.
A presidente exonerou na semana passada o vice-presidente da Caixa, Roberto Derziê de Sant'anna, e, antes mesmo da decisão do PMDB, ela também exonerou o presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Antônio Henrique de Carvalho Pires. Os dois foram indicados por Temer para os cargos.
Apesar da decisão de abrir espaço com a saída do PMDB, o governo acabou aceitando a indicação do ex-senador Luiz Otávio para a diretoria-geral da Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário), feita pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA). O peemedebista assegurou apoio ao governo em reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada. Otávio ainda precisa ter seu nome aprovado pelo Senado.