Manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff voltaram às ruas nesta quinta (31) em ao menos 22 capitais. Em São Paulo, na região da praça da Sé, no centro, havia 40 mil pessoas, segundo o Datafolha.
O ato foi promovido por centrais sindicais, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), e movimentos sociais.
O pico de presença, segundo o Datafolha, se deu às 19h, quando havia 30 mil pessoas na região central de São Paulo. Ainda de acordo com o instituto, 3.000 manifestantes permaneceram o tempo todo no ato, das 17h às 21h.
Para a PM, às 19h, havia na região 18 mil pessoas. Os organizadores chegaram a falar em 60 mil manifestantes.
Há duas semanas, 95 mil pessoas haviam se reunido em São Paulo, desta vez na avenida Paulista, para protestar contra o impeachment da presidente.
Outros atos em defesa do mandato da petista contaram com 55 mil (em dezembro passado) e 41 mil pessoas (em 13 de março de 2015).
Na manifestação desta quinta-feira, a CUT convocou os manifestantes para voltar às ruas nas próximas semanas. A expectativa é que o impeachment seja votado na Câmara dos Deputados até a metade de abril.
O maior ato desta quinta foi realizado em Brasília, onde a Secretaria de Segurança Pública calculou os participantes em 40 mil –para a organização, foram mais de 200 mil.
METODOLOGIA
Para a contagem do público em aglomerações como a desta quinta-feira, o Datafolha divide o trajeto da manifestação em quadrantes. Em cada trecho, a partir da densidade do público, os pesquisadores aplicam uma metodologia de contagem.
Paralelamente, em entrevistas feitas ao longo do protesto, os pesquisadores questionam desde que horas as pessoas estão em marcha.
A combinação das duas técnicas possibilita medir a taxa de renovação e o público durante todo o ato.