Folha de S. Paulo


Após denúncia na Zelotes, Banco Safra nega pagamento de propina

A assessoria do grupo Safra divulgou nota nesta quinta-feira (31) negando pagamento de propina no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), em resposta à denúncia da Procuradoria da República no Distrito Federal.

No posicionamento, o Safra afirma que nunca pagou propina nem recebeu qualquer benefício no conselho –espécie de órgão recursal para autuações da Receita Federal.

"A JS Administradora esclarece que as suspeitas levantadas pelo Ministério Público são infundadas. Nenhum representante da JS Administradora ofereceu vantagem para qualquer funcionário público. A JS não recebeu qualquer tipo de benefício no Carf. Portanto, não há justa causa para o processo", diz a nota.

Em denúncia protocolada na quarta-feira (30), a Procuradoria acusou o banqueiro Joseph Safra, acionista majoritário, e o ex-diretor João Puga de corrupção, em mais um desdobramento da Operação Zelotes.

A Procuradoria acusa-os de negociarem R$ 15,3 milhões em propina para obter benefícios em julgamentos no Carf. A peça do Ministério Público Federal mira em três processos da JS Administração de Recursos, um dos braços do grupo, em tramitação no colegiado. Juntas, essas ações envolviam cobranças de multas da Receita que somavam R$ 1,8 bilhão, em valores atuais.

Procurado na quarta pela reportagem, o advogado do Safra, Luís Francisco Carvalho Filho, afirmou que "nenhum representante da JS Administradora ofereceu vantagem para qualquer funcionário público". "Não houve qualquer pedido de preferência. Não há justa causa para a denúncia", disse.


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