Folha de S. Paulo


Dilma concederá entrevistas a jornais internacionais para denunciar 'golpe'

A presidente Dilma Rousseff concederá nesta quinta-feira (24) entrevista a jornais estrangeiros. A estratégia do governo é denunciar à comunidade internacional o que chamam de "tentativa de golpe" contra a gestão da petista e, assim, tentar angariar apoio para diminuir a pressão pela sua saída.

Nesta semana, a presidente também escalou os ministros Jaques Wagner (Gabinete da Presidência) e José Eduardo Cardozo (AGU) para também darem entrevistas a veículos internacionais como parte da estratégia.

Nesta quarta (23), Wagner afirmou à jornais estrangeiros que o impeachment trará como consequência o agravamento da crise econômica e não sua solução.

Alan Marques/Folhapress
A presidente Dilma Rousseff mostra termo de posse durante cerimônia com novos ministros no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)
A presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)

Nesta quarta (23), a revista britânica "The Economist" defendeu a renúncia de Dilma em editorial. A presidente foi a capa da edição para as Américas da revista com o título "Hora de Partir" ("Time to go").

O texto avalia que, até recentemente, mesmo sob os protestos, o governo Dilma tinha legitimidade intacta, e que a presidente podia dizer que tinha o desejo de ver a justiça ser feita.

Agora, contudo, Dilma "rejeitou o que vestia de credibilidade". A opinião da revista se baseia na decisão da presidente de nomear Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro chefe da Casa Civil, o que garantiria foto privilegiado ao ex-presidente, investigado pela operação Lava Jato.


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