Folha de S. Paulo


Políticos negam ter recebido doações ilegais da Odebrecht

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou ter recebido doações ilegais da Odebrecht. Citado na lista apreendida pela Polícia Federal no endereço de um dos executivos da empreiteira, o senador disse desconhecer também o apelido pelo qual é chamado nos documentos, "Atleta".

"Mais uma vez, nunca cometi impropriedade. Essas citações, do ponto de vista da prova, não significam nada, absolutamente nada. Sempre me coloquei à disposição, sempre tomei iniciativa para pedir qualquer investigação que cobram. Acho que a diferença é exatamente essa, é ter as respostas", disse.

Apelidado de "Drácula" nas planilhas, o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), negou ter recebido doações da empreiteira em 2012, campanha à qual ele acredita que a lista que veio a público nesta quarta-feira (23) se refere.

Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o petista destaca ter disputado a Prefeitura do Recife em 2012. "Como consta da prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral, não houve qualquer doação da Odebrecht à campanha de Humberto daquele ano".

O senador afirma que a contribuição pode ter sido feito ao PT Nacional, que repassou a sua campanha. "O que pode ter ocorrido –se efetivamente houve a doação– é que ela tenha sido feita diretamente ao PT Nacional, que repassou cerca de R$ 1,7 milhão para contribuir com a campanha do senador em 2012, conforme registrado na mesma prestação de contas".

Outro político citado na lista, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), chamado de "Cacique", afirmou, também por meio da assessoria de imprensa, que "o TSE aprovou, sem ressalvas, todas as doações de campanhas do parlamentar".

A senadora Ana Amélia (PP-RS) também afirmou a legalidade das contribuições recebidas. "Esclareço que as doações oriundas da empresa Braskem, subsidiária desse grupo e com atuação conhecida no Rio Grande do Sul, foram feitas ao Diretório Nacional do Partido Progressista, o qual repassou para a minha conta de campanha ao Senado, em 2010, parte desses recursos", afirmou em nota.

Segundo ela, o PP repassou um total de R$ 95.569,98. Também conta ter recebido diretamente do diretório nacional R$ 99.888,63. "As doações estão devidamente registradas no Tribunal Regional Eleitoral com a prestação de contas aprovada, sem nenhuma ressalva, e constam no portal da transparência do Tribunal Superior Eleitoral", conclui a senadora.

O ministro Aloizio Mercadante (Educação) disse, por meio de nota, que as doações registradas na planilha "relacionadas aos partidos da coligação do candidato ao governo do Estado de São Paulo, em 2010, são oficiais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral e estão disponíveis para consulta pública no portal do Tribunal Superior Eleitoral há seis anos".

A assessoria de Jaques Wagner, chefe de gabinete da presidente da República, afirmou que ele não vai se pronunciar sobre documentos que estão em sigilo, mas que "todas as doações que ele recebeu são legais".

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse que as contribuições às suas campanhas ocorreram de acordo com a lei. "Além disso, todas as contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral", afirmou, em nota.

O prefeito Eduardo Paes também disse que as doações, "sejam aquelas feitas diretamente a ele ou via diretórios municipal, estadual e nacional do partido" foram oficiais e legais, declaradas à Justiça.

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB), em nota, negou ter recebido doações da empreiteira. "Nas eleições municipais de 2012, ele não concorreu a nenhum cargo público. Na eleição de 2014, quando foi eleito deputado estadual, não constam doações da empreiteira ao candidato, nem de forma direta nem indireta, via partido", diz o texto.

O deputado também disse desconhecer a origem do apelido "Grego". "Até porque sua ascendência vem da Itália e da Síria -e não da Grécia."

O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou por meio de sua assessoria que contribuições eleitorais "foram de acordo com o que estabelece a lei".

Em nota, o prefeito de Niterói (RJ), Rodrigo Neves (PT), disse que "não tem, nem teve, qualquer relacionamento pessoal ou institucional com representante da empresa mencionada e não há nenhuma obra na cidade que tenha a presença ou a participação da Odebrecht".

Ele explicou que houve repasses do diretório nacional do PT a sua campanha. "Houve doações legais feitas ao diretório nacional do PT e repassadas à campanha como, por exemplo, cinco doações nos valores de R$ 475 mil cada uma. Ao repassar os recursos à campanha, eram descontadas as tarifas bancárias e administrativas retidas pelo diretório nacional", diz a nota.

André Corrêa (PSD), secretário estadual de meio ambiente do Rio se disse "absolutamente tranquilo" em nota e também disse que suas contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

A Prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ) informou que não vai se posicionar sobre as supostas doações da Odebrecht à prefeita, Rosinha Garotinho (PR), por se tratar de um assunto de campanha, que diz respeito ao partido.

Em seu blog, o ex-governador Anthony Garotinho, marido de Rosinha, disse que, das doações à campanha sua mulher, "mais de 90% foram repasses dos diretórios estadual e nacional". Também citado, Garotinho disse que "não há qualquer citação ao meu nome relativo ao petrolão".

Por telefone, a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), vice na chapa de Rodrigo Maia (DEM) à Prefeitura do Rio em 2012, disse achar "estranho" seu nome ter sido citado.

"Quem cuida de comitê financeiro é o candidato. Eu fui candidata a vice", disse. Segundo ela, os diretórios estadual e nacional do PR fizeram doações para a campanha de Rodrigo Maia, mas tudo "dentro da legalidade e registrado no TSE".

O vereador Cesar Maia (DEM), via assessoria, disse que o valor mencionado foi doado ao DEM nacional e repassado a sua campanha.

O deputado estadual Paulo Melo (PMDB-RJ) negou ter recebido doações da Odebrecht. "Minha campanha foi realizada basicamente com dinheiro do meu partido, o PMDB. Toda verba foi contabilizada na prestação de contas entregue ao TRE-RJ. Se a empreiteira fez doações ao PMDB, cabe ao partido identificar a origem dos repasses", disse.

Zito (PP-RJ), candidato a prefeito de Duque de Caxias em 2012, disse por meio de assessoria que "desconhece por que seu nome está na lista" e que "nunca teve nenhuma ligação com a empresa".

Sérgio Zveiter, hoje secretário Municipal de Habitação e Cidadania do Rio, disse que doações a ele foram declaradas e aprovadas pela Justiça.

Luiz Antônio Guaraná (PMDB), hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Município, afirmou via assessoria que doações a sua campanha foram feitas pelo partido e declaradas. O vereador Carlo Caiado (DEM) disse desconhecer a anotação de seu nome. "Todas as doações que recebi para minha campanha foram declaradas e aprovadas pelo TRE".

O deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) disse que sua citação na lista não representa "nenhuma irregularidade". "Estou mandando levantar aqui, mas acho que são os R$ 500 mil que eles [Odebrecht] doaram na minha conta de campanha em 2012. É doação legal, não tem nenhuma irregularidade", disse, acrescentando que o valor teria sido pago em três prestações. Naquele ano, Paulinho era do PDT.

À Folha, ele afirmou ainda que seu partido, o Solidariedade, recebeu R$ 1 milhão na última eleição. "Em 2014, eles doaram R$ 1 milhão na conta do partido –de lá vai para vários candidatos. Na minha conta, em 2014, tem R$ 100 mil", disse. "É bom falar tudo logo."

Candidata derrotada à Prefeitura de Porto Alegre, a deputada estadual Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) usou as redes sociais para falar sobre a planilha da Odebrecht e ironizou o fato de ter recebido o apelido de "Avião".

"Sobre o apelido dado na tal planilha, talvez evidencie que os autores dos documentos apreendidos nem sequer tenham me visto num processo eleitoral duro e estressante quanto o de 2012, ao qual muitas vezes me referi como o pior de minha vida", escreveu.

O deputado Mendonça Filho (DEM-PE), ex-líder do partido na Câmara, afirmou que todas as suas doações foram legais e que possui todos os recibos.

O deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) afirmou que os valores constantes na planilha foram doações eleitorais, todas declaradas à Justiça Eleitoral.

"Em 2010 a planilha mostra os dados da minha conta de campanha. Em 2012 eu fiz a solicitação da doação para candidatos do interior [da Bahia]. A doação foi feita ao PMDB nacional, que repassou a municípios da Bahia". O deputado diz não se lembrar a quem exatamente fez o pedido de doações. Naqueles anos, Oliveira Maia era do PMDB.

Raul Jungmann (PPS-PE) afirmou que o valor de R$ 100 mil que aparece junto a seu nome na lista da Odebrecht é uma doação para sua candidatura de vereador do Recife em 2012.

"Ela está registrada na minha prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Essa doação foi feita, é regular. É ruim ficar nisso [na lista], mas não tenho nenhum problema de explicar", declarou. Ao ser questionado sobre o apelido "Bruto" que aparece associado ao seu nome, Jungmann riu.

"Acho que é pelo meu estilo. Tento moderar, mas às vezes sou duro. Ou é a cara feia, o tamanho: tenho 1,90 metro, 120 quilos."

Em nota, a assessoria do deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP) afirma que a doação recebida Odebrecht na eleição de 2012, quando ele disputou a Prefeitura de São Paulo, "foi legal, feita ao partido e está devidamente registrada na prestação de contas do Diretório Nacional do PRB, sob Recibo Eleitoral nº P100200000BR000025, datado do dia 28 de agosto de 2012, por meio de transferência eletrônica".

"A campanha eleitoral de Celso Russomanno foi a que menos recursos recebeu em 2012 e todas as doações estão devidamente declaradas", completa a assessoria.

Em nota, o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) disse que o valor atribuído a ele na planilha é compatível com a declaração feita à Justiça Eleitoral. "A doação foi via PMDB e, por isso, há pequena diferença na declaração, já que o partido fica com 5%."

O deputado criticou ainda o financiamento privado de campanha, proibido recentemente pelo Supremo Tribunal Federal. "O importante é reafirmar que existem doações legítimas de campanha, que foi o meu caso. As doações privadas sempre foram uma anomalia do processo eleitoral. Felizmente teremos eleições sem doações privadas já no próximo pleito, decisão que contou inclusive com meu voto", disse.

Os prefeitos Paulo Garcia (Goiânia, PT), Gustavo Fruet (Curitiba, PDT), Luciano Rezende (Vitória, PPS), Cesar Souza Júnior (Florianópolis, PSD) e Jonas Donizette (Campinas, PSB) negaram ter recebido doações da empresa.

Para Cesar Souza, houve "caráter político" na divulgação de seu nome, por ter se manifestado a favor do impeachment de Dilma.

Já os prefeitos ACM Neto (Salvador, DEM), Geraldo Júlio (Recife, PSB), Marcio Lacerda (Belo Horizonte, PSB) e José Fortunati (Porto Alegre, do PDT) admitem ter recebido doações da empreiteira em 2012, mas afirmam que foram doações lícitas e que as contas da campanha foram aprovadas pela Justiça.

ACM Neto disse que a "a Odebrecht repassou recursos para o DEM e o partido transferiu para a campanha, dentro do que determina a lei."

O prefeito de Paulínia, José Pavan Junior (PSB), disse que teve sua prestação de contas aprovadas. "Foi o partido que recebeu a doação da Braskem", disse.

A assessoria do tucano Beto Richa, do Paraná, disse que cabia ao PSDB do Paraná falar. Em nota, o Diretório Estadual afirmou que não recebeu doação da Odebrecht, mas confirmou ter recebido R$ 160 mil da Leyroz de Caxias Indústria Comercial & Logística Ltda, citada nas planilhas. Mas ressalta que a prestação de contas do referido ano aprovada pela Justiça Eleitoral.

O governador tucano Marconi Perillo, de Goiás, confirmou a doação, mas negou qualquer tipo de irregularidade. "Foram devidamente declaradas à Justiça eleitoral, efetuadas via transferência bancária e atestadas por recibos", disse Perillo.

Candidata derrotada à Prefeitura de Porto Alegre, a deputada federal Manuela D'Ávila, do PC do B, disse, por meio das redes sociais, que não recebeu nenhuma doação da Odebrecht em 2012.

No texto, ela "especula que a empresa, munida de pesquisas, fez projeções de contribuições à sua candidatura. "Com a queda vertiginosa que tive nas pesquisas (fui derrotada no primeiro turno das eleições), tais doações não aconteceram", escreveu.

Candidato derrotado à Prefeitura de Curitiba, Luciano Ducci (PSB) negou ter recebido doações na campanha de 2012. "Sobre os recursos recebidos do diretório do PSB, em 2012, não tínhamos controle sobre sua origem", afirmou. Também derrotado em Curitiba, Ratinho Júnior (PSC-PR) não se manifestou até o fechamento desta edição.

Derrotado na disputa em Salvador, Nelson Pelegrino (PT) disse apenas que todas as doações foram declaradas.

Jarbas Vasconcelos Filho, do PMDB-PE, que perdeu a eleição para vereador no Recife, diz que todas as doações foram aprovadas

O deputado estadual João Paulo Rillo (PT-SP), derrotado na disputa em São José do Rio Preto, negou ter recebido doações.

O ex-prefeito de Paulínia Edson Moura (PMDB) informou que todas as doações à campanha foram legais e que as contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

O prefeito de Macaé (RJ), Dr. Aluízio (PV), disse que não comentaria o caso.

Alfredo Sirkis, ex-PV e hoje diretor do Centro Brasil no Clima, não retornou a ligação da reportagem. Não responderam o vereador do Rio Jorge Felippe (PMDB), o vice-governador do Rio, Francisco Dornelles, a deputada estadual Aspásia Camargo (PV-RJ) e Marcelo Sereno (PT-RJ), candidato derrotado à Câmara.

A Folha não conseguiu localizar Roseana Sarney (PMDB-MA), José Serra (PSDB-SP) e Celso Russomanno (PRB-SP). A família do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE), morto em 2014, disse que não iria se manifestar.

Os documentos apreendidos com Benedicto Barbosa Júnior, um dos executivos da Odebrecht, na 23ª fase da Operação Lava Jato, em fevereiro, trazem dados de repasses que os investigadores apuram se foram doação eleitoral ou propina, em uma espécie de contabilidade paralela.

As planilhas foram disponibilizadas pela Polícia Federal nos autos de busca e apreensão da Operação Acarajé, 23a fase da Lava Jato. Os papéis eram públicos até a manhã desta quarta (23), mas já estão sob sigilo decretado pelo juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba.

Na relação da Odebrecht, surgem nomes de ministros de governo, senadores e deputados, todos com foro no STF.

POLÍTICOS CITADOS PELA ODEBRECHT

Líderes nacionais

Aécio Neves (PSDB)
Senador e presidente do partido, concorreu à Presidência em 2014 e ao Senado em 2010
CITAÇÕES 2
VALORES R$ 120 mil como "valor" e R$ 96 mil como "pagamento"
O QUE DIZ Valor se refere a contribuição de campanha e está declarado no TSE

José Serra (PSDB)
Senador eleito em 2014; foi candidato à Prefeitura de SP em 2012
CITAÇÕES 4
VALORES 3,2 milhões; 1,5 milhão; 1 milhão; 1 milhão
O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem

Armando Monteiro (PTB)
Ministro do Desenvolvimento
CITAÇÕES 1
VALORES 200 mil
O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem

Eduardo Cunha (PMDB)
Deputado e presidente da Câmara; eleito em 2014
CITAÇÕES 8
VALORES de 500 mil a 3 milhões
O QUE DIZ Negou que tenha recebido propina da empresa

José Agripino (DEM)
Senador eleito em 2010
CITAÇÕES 2
VALORES 200 mil; 100 mil
O QUE DIZ Não foi localizado

Jarbas Vasconcelos (PMDB)
Deputado federal eleito em 2014 (mais recente)
CITAÇÕES 4
VALORES 100 mil (todas)
O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem

Renan Calheiros (PMDB)
Presidente do Senado eleito em 2010 (mais recente)
CITAÇÕES 3
VALORES 50 mil; 50 mil; sem valor
O QUE DIZ Não recebeu doações ilegais da Odebrecht

José Sarney (PMDB)
Ex-senador
CITAÇÕES 2
VALORES 100 mil (todas)
O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem

Romero Jucá (PMDB)
Senador e vice-presidente do PMDB; participou da eleição de 2010
CITAÇÕES 3
VALORES 150 mil; 150 mil; sem valor
O QUE DIZ TSE aprovou, sem ressalvas, todas as doações de suas campanhas

Celso Russomanno (PRB)
Deputado federal eleito em 2014, concorreu à Prefeitura de SP em 2012
CITAÇÕES 4
VALORES 500 mil (todas)
O QUE DIZ Doação recebida em 2012 é legal e está devidamente registrada

Aloizio Mercadante (PT)
Ministro da Educação, concorreu ao governo de SP em 2010
CITAÇÕES 4
VALORES 500 mil; 100 mil; 50 mil; 50 mil
O QUE DIZ Doações registradas na planilha "relacionadas aos partidos da coligação do candidato ao governo do estado de São Paulo, em 2010, são oficiais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral e estão disponíveis para consulta pública no portal do Tribunal Superior Eleitoral há seis anos"

Jaques Wagner (PT)
Chefe de gabinete da Presidência e ex-governador da BA
CITAÇÕES 1
VALORES 3 milhões
O QUE DIZ Todas as doações que recebeu são legais

Eduardo Campos (PSB)
Morto em 2014, quando concorria à Presidência da República; foi governador de PE
CITAÇÕES 1
VALORES 300 mil
O QUE DIZ Procurada, a família Campos não se manifestou

Aldo Rebelo (PCdoB)
Ministro da Defesa
CITAÇÕES 1
VALORES 500 mil
O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem

Paulinho da Força (SD)
Deputado federal eleito em 2014
CITAÇÕES 5
VALORES 500 mil; 500 mil; 500 mil; 200 mil; sem valor
O QUE DIZ Citação na lista não representa "nenhuma irregularidade"

Raul Jungmann (PPS)
Deputado federal reeleito em 2014
CITAÇÕES 6
VALORES 100 mil (todas)
O QUE DIZ Valor é doação para sua candidatura de vereador do Recife em 2012

Governadores

Geraldo Alckmin (PSDB)
Governador de SP, foi eleito em 2010 e reeleito em 2014
CITAÇÕES 2
VALORES 500 mil; 250 mil
O QUE DIZ Lista não indica irregularidades e doações foram declaradas

Luiz Fernando Pezão (PMDB)
Governador do Rio, eleito em 2014
CITAÇÕES 4
VALORES 1 milhão (todas)
O QUE DIZ Contribuições feitas às suas campanhas eleitorais ocorreram de acordo com a lei e aprovadas no TSE

Raimundo Colombo (PSD)
Governador de SC, foi eleito em 2010 e reeleito em 2014
CITAÇÕES 5
VALORES 3 milhões; 3 milhões; 1,5 milhão; 1,5 milhão; 300 mil
O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem

Reinaldo Azambuja (PSDB)
Governador de MS, eleito em 2014
CITAÇÕES 3
VALORES 350 mil; 150 mil; sem valor
O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem

Marconi Perillo (PSDB)
Governador de GO, foi eleito em 2010 e reeleito em 2014
CITAÇÕES 2
VALORES 600 mil; 200 mil
O QUE DIZ O PSDB de Goiás diz que todas as doações para os candidatos em 2010 e 2014 "foram devidamente declaradas à Justiça eleitoral"

Beto Richa (PSDB)
Governador do PR, foi eleito em 2010 e reeleito em 2014
CITAÇÕES 1
VALORES 200 mil
O QUE DIZ O partido diz que a doação de R$ 160 mil recebida em 2010 foi efetuada pela empresa Leyroz de Caxias Indústria Comercial & Logística Ltda., conforme consta na prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral

Prefeitos de capitais

Fernando Haddad (PT)
Prefeito de SP eleito em 2012
Citações 5
VALORES 1 milhão; sem valor
O QUE DIZ Desconhece qualquer doação da empreiteira e todos os doares foram citados em prestação de contas à Justiça

José Fortunati (PDT)
Prefeito de Porto Alegre reeleito em 2012
Citações 6
VALORES 500 mil; 500 mil; 300 mil; 300 mil; 300 mil; 200 mil
O QUE DIZ Doações foram aprovadas pelo TRE-RS. "É lastimável que se continue realizando vazamentos seletivos das investigações, jogando lama para todos os lados"

ACM Neto (DEM)
Prefeito de Salvador eleito em 2012
CITAÇÕES 1
VALORES 2 milhões
O QUE DIZ Diz que a Odebrecht repassou recursos para o DEM, e o partido transferiu para a campanha, "dentro do que determina a lei"

Eduardo Paes (PMDB)
Prefeito do Rio reeleito em 2012
CITAÇÕES 14
VALORES De 20 mil a 3 milhões
O QUE DIZ Doações feitas diretamente a ele ou via diretórios municipal, estadual e nacional do partido ocorreram de forma oficial e legal e foram declaradas à Justiça Eleitoral

GUSTAVO FRUET (PDT)
Prefeito de Curitiba eleito em 2012
CITAÇÕES 5
VALORES 300 mil; 300 mil; 300 mil; 250 mil; sem valor
O QUE DIZ "A empresa não tem nenhum contrato com a prefeitura nessa gestão"

Marcio Lacerda (PSB)
Prefeito de Belo Horizonte reeleito em 2012
CITAÇÕES 3
VALORES 3 milhões; 3 milhões; sem valor
O QUE DIZ O PSB diz que as doações "obedeceram as normas da legislação eleitoral e estão declaradas na prestação de contas registrada no TRE"

Arthur Virgílio (PSDB)
Prefeito de Manaus eleito em 2012
CITAÇÕES 3
VALORES 500 mil; 100 mil; sem valor
O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem

Rui Palmeira (PSDB)
Prefeito de Maceió eleito em 2012
CITAÇÕES 4
VALORES 350 mil; 300 mil; 150 mil; sem valor
O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem

Paulo Garcia (PT)
Prefeito de Goiânia reeleito em 2012
CITAÇÕES 4
VALORES 100 mil; 100 mil; 100 mil; sem valor
O QUE DIZ Não recebeu doações da Odebrecht e não manteve contratos com a empresa

Geraldo Júlio (PSB)
Prefeito de Recife eleito em 2012
CITAÇÕES 2
VALORES 3 milhões (todas)
O QUE DIZ Doações obedeceram a legislação e prestação de contas foi aprovada pelo TRE-PE

Firmino Filho (PSDB)
Prefeito de Teresina eleito em 2012
CITAÇÕES 4
VALORES 500 mil; 350 mil; 150 mil
O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem

Luciano Rezende (PPS)
Prefeito de Vitória eleito em 2012
CITAÇÕES 4
VALORES 100 mil (todas)
O QUE DIZ O PPS nega a doação e diz que as contas foram aprovadas pelo TRE-ES

Cesar Souza (PSD)
Prefeito de Florianópolis eleito em 2012
CITAÇÕES 3
VALORES 100 mil (todas)
O QUE DIZ Nega a doação e diz que "está à disposição para qualquer esclarecimento". Afirma que a divulgação do nome tem caráter político

OUTROS

Humberto Costa (PT)
Senador eleito em 2010, concorreu à Prefeitura de Recife em 2012
CITAÇÕES 5
VALORES 500 mil; 300 mil; 300 mil; 300 mil; sem valor
O QUE DIZ Não recebeu doações da empreiteira em 2012

Sérgio Cabral (PMDB)
Ex-governador do Rio
CITAÇÕES 5
VALORES 500 mil (todas)
O QUE DIZ Contribuições eleitorais "foram de acordo com o que estabelece a lei"

Ana Amélia Lemos (PP)
Senadora eleita em 2010
CITAÇÕES 1
VALORES 200 mil
O QUE DIZ Doações são legais

Roseana Sarney (PMDB)
Ex-governadora do Maranhão
CITAÇÕES 1
VALORES 700 mil
O QUE DIZ Não foi localizada pela reportagem

Nelson Pellegrino (PT)
Deputado federal eleito em 2014 e candidato a prefeito de Salvador em 2012
CITAÇÕES 4
VALORES
1,5 milhão; 1,5 milhão; 1,5 milhão; sem valor
O QUE DIZ Doações "aconteceram rigorosamente dentro dos parâmetros legais", aprovadas pelo TRE-BA

JARBAS FILHO (PMDB)
Candidato a vereador do Recife pelo PMDB em 2012
CITAÇÕES 3
VALORES 100 mil (todas)
O QUE DIZ "Todas as doações que recebi em 2012 foram declaradas e aprovadas"

Manuela D´Ávila (PCdoB)
Deputada estadual no RS eleita em 2014, tentou a prefeitura de Poero Alegre em 2012
CITAÇÕES 4
VALORES 300 mil (todas)
O QUE DIZ Não recebeu doações da empresa. "Estou tão surpresa e triste quanto todos e tenho muita pressa em esclarecer"

Luciano Ducci (PSB)
Deputado federal eleito em 2014 e candidato a prefeito de Curitiba em 2012
CITAÇÕES 4
VALORES 500 mil; 500 mil; 500 mil; 250 mil
O QUE DIZ Todas as doações estão com origem declarada. A Prefeitura de Curitiba não mantinha contratos com a Odebrecht

Ratinho Júnior (PSC)
Secretário de Desenvolvimento Urbano do PR, eleito deputado estadual em 2014; foi candidato a prefeito de Curitiba em 2012.
CITAÇÕES 6
VALORES 250 mil (todas)
O QUE DIZ Todas as doações foram declaradas e aprovadas pelo TRE-PR

Jonas Donizetti (PSB)
Prefeito de Campinas eleito em 2012
CITAÇÕES 3
VALORES 300 mil (todas)
O QUE DIZ Nega as doações e diz e que suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral

José Pavan Junior (PSB)
Prefeito de Paulínia (SP)
CITAÇÕES 2
VALORES 100 mil (todas)
O QUE DIZ Prestação de contas de campanha devidamente aprovada sem ressalvas no TRE-SP; doação da Braskem foi para ao partido

Maria do Carmo Lara (PT)
Candidata a prefeita de Betim (MG) em 2012 e a deputada federal em 2014
CITAÇÕES 5
VALORES 500 mil; 500 mil; 500 mil; 200 mil
O QUE DIZ O PT diz que todas as doações recebidas estão declaradas na Justiça Eleitoral


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