Folha de S. Paulo


Estudantes da PUC exigem que reitoria condene publicamente atuação da PM

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Estudantes da PUC (Pontifícia Universidade Católica) organizaram nesta terça-feira (22) um ato para exigir que a reitoria da universidade condene publicamente a atuação da Polícia Militar no conflito entre manifestações de alunos pró e anti-impeachment da presidente Dilma Rousseff, ocorrido nesta segunda (21).

Os organizadores do protesto desta manhã, que fazem parte do grupo a favor da continuidade do governo Dilma, consideram insuficiente a nota oficial emitida pela reitoria dizendo "lamentar profundamente os episódios de violência" ocorridos durante os protestos.

Os episódios a que o texto se refere começaram depois que cerca de cem pessoas organizaram uma manifestação na frente da PUC pedindo a saída de Dilma do poder. Estudantes que estavam no local passaram a responder ao primeiro grupo com gritos de "não vai ter golpe". Depois de um empurra-empurra, a PM usou bombas de gás e disparou balas de borracha contra o prédio da universidade.

"É uma vergonha que a PUC apenas 'lamente' que estudantes tenham sido agredidos pela Polícia Militar de São Paulo", reclamou o estudante de Direito Vitor Bastos.

Segundo relatos, vários alunos, professores e funcionários precisaram de cuidados médicos após a confusão. Um estudante teve que ser encaminhado para o hospital.

No ato desta terça, os estudantes pediram a extinção da PM –"não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar", gritaram. Além disso, reforçaram o posicionamento contra o impeachment e criticaram os estudantes que defendem o que consideram um golpe.

A reitora Ana Cintra também foi criticada e chamada de " golpista" pelos alunos.

Um novo ato está programado para esta terça, às 18h.


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