Folha de S. Paulo


Em SP, 15% dos manifestantes em ato pró-Dilma eram funcionários públicos

Cerca de 15% das 95 mil pessoas que foram à manifestação pró-Lula e Dilma na sexta (18), na avenida Paulista, disseram ser funcionários públicos.

O percentual é cinco vezes maior que o declarado no município de São Paulo –só 3% dos moradores afirmam ter essa ocupação.

Os dados são de pesquisa Datafolha feita durante a manifestação de sexta. Entre 16h e 20h30, foram ouvidas 1.963 pessoas. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. Os dados da cidade são de levantamento realizado em 28 e 29 de outubro de 2015.

Dos manifestantes presentes no ato da sexta, 6% afirmaram ser empresários, de acordo com o instituto.

FUNCIONÁRIO PÚBLICO

Na manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que levou 500 mil pessoas à mesma avenida Paulista no domingo (13), 12% declararam ser empresários e 5%, funcionários públicos.

Assim como no protesto contra Dilma no domingo passado, os manifestantes que foram às ruas da capital nesta sexta têm renda e escolaridade superior à média da população de São Paulo.

Escolaridade -

Segundo o instituto, 78% dos manifestantes disseram possuir curso superior, enquanto o índice em São Paulo é de 28%.

Dos entrevistados, 51% disseram ter renda familiar entre 5 e 50 salários mínimos, cerca do dobro do percentual registrado nessa faixa em São Paulo, de 25%. No protesto de domingo, 63% pertenciam a essa faixa.

Renda familiar - Em salários mínimos

A pesquisa também mostrou que a maior parte dos manifestantes era do sexo masculino, 57%. A média de idade das pessoas reunidas na Paulista foi de 38,9 anos, ainda segundo o Datafolha.

SEXO

Quase um terço das pessoas que foram ao ato, 28%, disseram não morar na cidade de São Paulo.

IDADE - Em anos

AVALIAÇÃO DO GOVERNO

A maior parte dos presentes disse considerar o governo Dilma ótimo, bom ou regular (85%). Outros 14% responderam que seu governo é ruim ou péssimo.

No protesto contra a presidente, no domingo (13), 98% responderam achar o governo ruim ou péssimo. A porcentagem de pessoas que acham o governo ótimo ou bom não chegou a 1% no ato de domingo.

O instituto perguntou aos entrevistados quem consideram o melhor presidente que o Brasil já teve. As respostas, espontâneas, mostram que 88% citaram Lula, que compareceu no ato de sexta.

No domingo, 60% dos entrevistados responderam que Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), do PSDB, fez a melhor gestão.

A maior parte dos manifestantes contra e pró-Dilma concorda em um ponto: o mesmo percentual em ambas manifestações, 96% dos presentes, são favoráveis à cassação do mandato do presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de envolvimento no petrolão, de acordo com investigações da Operação Lava Jato.


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