Folha de S. Paulo


TV Globo e imprensa são alvos de críticas em atos contra impeachment

Artur Rodrigues/Folhapress
Globo também vira alvo de protestos no ato pró-governo desta sexta (18), na avenida Paulista
Globo também vira alvo de protestos no ato pró-governo desta sexta (18), na avenida Paulista

Participantes dos atos pró-governo em todo o país fizeram críticas e hostilizaram a TV Globo durante as manifestações.

Em Brasília, manifestantes chutaram e bateram em um carro da emissora que parou em frente ao museu Nacional à tarde. Alguns militantes pediram para que os outros parassem o ataque. O carro deixou o local.````

Durante discursos no carro da CUT na capital federal, manifestantes criticam a Globo, o juiz Sérgio Moro e a política econômica do governo Dilma.

Em Vitória, Aracaju, Belém e Campo Grande, os manifestantes protestaram em frente às afiliadas da Globo, e uma equipe da emissora TV Verdes Mares, uma dessas afiliadas, foi hostilizada durante protestos em Fortaleza.

Na avenida Paulista, em São Paulo, foram distribuídos panfletos em que um quepe militar aparece sobre o logo da emissora, onde está escrito "TV Golpe".

Nem a Globo nem a Globo News transmitiram o discurso de Lula na Paulista –o portal G1, do Grupo Globo, o fez.

Em Brasília, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, criticou a mídia e disse que ela manipula a opinião pública.

Segundo ele, a mídia incita o golpe. "A opinião publica é manipulada pela grande mídia, como a própria Folha."

Em João Pessoa, os manifestantes fizeram várias críticas à Globo. "A mídia é golpista, abaixo a Rede Globo" era um dos refrões.

Em Natal, participantes do ato gritavam que a rede Globo apoiou a ditadura e cantaram contra a emissora e contra Eduardo Cunha.

Em discurso no ato do Rio, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seção Rio de Janeiro e membro da comissão especial do impeachment, afirmou: "Não podemos assistir a uma tentativa de golpe patrocinado pela grande imprensa. A operação Lava Jato se anuncia como salvadora do Brasil, mas não é nada disso. Ela representa um retrocesso que pode levar anos para ser revertido."


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