Folha de S. Paulo


Petistas e movimentos sociais admitem preocupação após protestos

Integrantes da cúpula do PT e líderes de movimentos sociais manifestaram na noite deste domingo preocupação com a repercussão dos protestos pelo impeachment.

O presidente do PT, Rui Falcão, se disse preocupado com o fato de os políticos terem sido hostilizados na Avenida Paulista. Ele estabeleceu um paralelo com o golpe militar de 1964, lembrando que civis apoiaram o movimento na expectativa de chegar ao poder, mas que o país amargou 21 anos de ditadura.

"Me preocupa que a oposição que fomenta este ato seja hostilizada em plena avenida Paulista. Me preocupa porque, em 64, os golpistas apoiaram os militares e houve 21 anos de ditadura sanguinária".

Coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues se disse preocupado com a "abrangência" do ato. Não só do ponto de vista geográfico.

"Até então era só a classe média coxinha. Agora houve maior participação dos trabalhadores, que historicamente sempre estiveram com a gente", lamentou.

Outro líder do MST, Gilmar Mauro, disse que o fato de os políticos terem sido alvo de hostilidade não deve ser motivo de comemoração.

"Não devemos ficar alegres. Isso é um momento contra política"

O deputado federal Vicente Cândido (PT-MG) disse que mudar a política econômica é a última chance de sobrevivência.

"Se quiser se manter vivo, tem que mudar a pauta econômica".

Os petistas reconheceram que é preciso intensificar a convocação para o ato do dia 18. O tesoureiro do partido, Márcio Macêdo, diz que vai "aumentar a mobilização" para o ato.


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