Folha de S. Paulo


Sete funcionários doam para 'caixinha' de deputado do PT, diz assessora

Pedro Ladeira - 11.nov.14/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 11-11-2014, 15h00: A comissão de constituição e justiça da câmara (CCJ) durante reunião para votar sobre o processo de cassação do deputado Andre Vargas (sem partido-PR). Os deputados vão decidir se confirmam a perda do mandato decidida pelo Conselho de Ética, mandando o processo para plenário, cuja relatorio no processo é do deputado Sérgio Zveiter, ou se apoiam o relatorio do deputado José Mentor (foto) (PT-SP), para a retomada no caso no conselho. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
José Mentor (PT-SP) em reunião sobre cassação de André Vargas

A assessora Onely Aparecida Pinto, que trabalha com José Mentor (PT-SP), disse à Polícia Federal que "em torno de sete pessoas", das 23 que trabalham com o petista, contribuem com a "caixinha" mantida pelo deputado.

Ela foi apontada por Mentor como responsável pelo dinheiro arrecadado.

Mentor admitiu, em depoimento prestado ao STF (Supremo Tribunal Federal), que recebeu R$ 38 mil do doleiro Alberto Youssef como pagamento de uma dívida contraída pelo seu então colega no Congresso André Vargas (ex-PT-PR).

O dinheiro emprestado a Vargas, segundo o deputado, saiu da "caixinha" que disse manter em seu gabinete, formada por recursos dele e de alguns de seus assessores, para "custear despesas da ação parlamentar cujo ressarcimento não é permitido pelas normas da verba indenizatória da Câmara".

Onely disse que só assessores com "relação política mais antiga" e salários melhores colaboram e que a "caixinha" visa cobrir gastos não remunerados pela Câmara, como manutenção do escritório político e ajuda para eventos de movimentos sociais.

As contribuições, disse, são mensais e pagas em espécie, sem valores fixos.

Ela afirmou que Mentor, por volta de 2013, lhe pediu que separasse o empréstimo para André Vargas, em caso que reconheceu ser diferente do usual.


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