Folha de S. Paulo


PT critica aprovação de projeto de lei apoiado por governo Dilma

Carlos Villalba R./Efe
BRA123. SAO PAULO (BRASIL), 04/12/2015.- El líder del gobernante Partido de los Trabajadores (PT), Rui Falcao, se reúne con partidarios en la sede de la colectividad hoy, viernes 4 de diciembre de 2015, en Sao Paulo (Brasil) para tomar medidas en defensa de la presidenta del país, Dilma Rousseff, en medio del proceso de juicio político que enfrenta en el Congreso. EFE/Carlos Villalba R. ORG XMIT: BRA123
O presidente do PT, Rui Falcão

Em mais um episódio de desgaste na relação do partido com a presidente Dilma Rousseff, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, criticou nesta quinta-feira (25) projeto de lei aprovado pelo Senado Federal com o aval do governo que acaba com a obrigatoriedade da Petrobras de manter participação de 30% nos consórcios de exploração do pré-sal.

O dirigente petista avaliou que a proposta fragiliza o regime de partilha e a política de conteúdo nacional e conclamou a militância partidária a resistir ao "retrocesso representado" pela mudança no marco regulatório.

"Mesmo atenuado em sua versão substitutiva, ele (projeto de lei) fragiliza o regime de partilha e a política de conteúdo nacional", criticou. "Nossos deputados federais combaterão a medida, na Câmara, com a mesma tenacidade dos nossos senadores", acrescentou.

Com a possibilidade de sofrer uma derrota no Senado, o Palácio do Planalto recuou da decisão de derrubar a proposta elaborada pelo senador José Serra (PSDB-SP) e construiu uma versão substitutiva do projeto de lei.

Ela permite que a empresa estatal se manifeste sobre sua preferência como operadora dos campos que serão licitados, decisão que será avaliada pelo Conselho Nacional de Política Energética e que será submetida à presidente.

A alternativa, no entanto, não agradou parte da bancada petista, que se posicionou contra a decisão final, apesar do futuro líder do governo, Humberto Costa (PT-PE), tê-la apoiado.

Em nota, Falcão elogia a postura dos senadores petistas que, segundo ele, se comportaram com "firmeza" e "bravura".

"O PT marchará ao lado das demais forças progressistas, dos movimentos populares e sindicais contra este ataque à soberania nacional e ao nosso desenvolvimento independente", ressaltou.


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