Folha de S. Paulo


Chefe de gabinete preso com Delcídio vai buscar outro emprego

Pedro Ladeira - 25.nov.15/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 25-11-2015, 12h00: O chefe de gabinete do senador Delcidio Amaral, Diogo Ferreira Rodrigues, chega preso na superintendencia da PF em Brasília. O senador Delcidio foi preso hoje por obstruir as investigações da operação lava jato. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
Diogo Rodrigues, braço direito de Delcídio, busca outro emprego

O chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira, que havia sido preso com ele em novembro e também foi solto na última sexta-feira (19), tirou uma semana de férias para decidir a procura de outro emprego.

Isso porque uma das restrições impostas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki para soltá-lo foi não manter contato com os demais investigados –dos quais um deles é justamente o seu chefe.

Por isso, Diogo não deve mais trabalhar com o senador Delcídio. A Folha apurou que ele ainda não decidiu o que passará a fazer.

Dos quatro presos em novembro por pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) sob suspeita de atrapalharem as investigações da Operação Lava Jato, três já foram soltos (Delcídio, Diogo e o ex-presidente do banco BTG Pactual André Esteves).

Apenas o advogado Edson Ribeiro, que atuava para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, ainda permanece detido. Há um pedido de soltura dele pendente para decisão de Teori.

A principal prova para a prisão preventiva deles foi uma gravação feita pelo filho de Cerveró, Bernardo, de uma reunião com Delcídio, Diogo e Edson, na qual eles discutiam um auxílio financeiro para evitar a delação premiada do ex-diretor.

Após a prisão, os quatro foram denunciados ao Supremo, acusados de tentarem atrapalhar as investigações. Ainda não houve decisão sobre a abertura da ação penal.

As defesas deles negam envolvimento com irregularidades.

Por que Delcídio foi preso


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