O chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira, que havia sido preso com ele em novembro e também foi solto na última sexta-feira (19), tirou uma semana de férias para decidir a procura de outro emprego.
Isso porque uma das restrições impostas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki para soltá-lo foi não manter contato com os demais investigados –dos quais um deles é justamente o seu chefe.
Por isso, Diogo não deve mais trabalhar com o senador Delcídio. A Folha apurou que ele ainda não decidiu o que passará a fazer.
Dos quatro presos em novembro por pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) sob suspeita de atrapalharem as investigações da Operação Lava Jato, três já foram soltos (Delcídio, Diogo e o ex-presidente do banco BTG Pactual André Esteves).
Apenas o advogado Edson Ribeiro, que atuava para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, ainda permanece detido. Há um pedido de soltura dele pendente para decisão de Teori.
A principal prova para a prisão preventiva deles foi uma gravação feita pelo filho de Cerveró, Bernardo, de uma reunião com Delcídio, Diogo e Edson, na qual eles discutiam um auxílio financeiro para evitar a delação premiada do ex-diretor.
Após a prisão, os quatro foram denunciados ao Supremo, acusados de tentarem atrapalhar as investigações. Ainda não houve decisão sobre a abertura da ação penal.
As defesas deles negam envolvimento com irregularidades.