Folha de S. Paulo


Cúpula do PT quer expulsar senador Delcídio do Amaral

Pedro Ladeira - 26.mai.2015/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 26-05-2015, 20h00: O líder do governo senador Delcidio Amaral (PT-MS). Plenário do Senado federal, sob a presidência do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), durante votação da MP 665, do ajuste fiscal. Integrantes da força sindical ocupam as galerias protestando contra a aprovação da medida. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, em sessão em 2015

A cúpula do PT quer expulsar o senador Delcídio do Amaral (MS) do partido e deve deliberar sobre o caso na reunião do Diretório Nacional da sigla, na sexta (26), no Rio.

Inicialmente, o caso de Delcídio, que está suspenso do PT, não estava na pauta do encontro, mas como o senador foi solto e retorna ao Senado, os dirigentes petistas avaliaram que seria melhor decidir logo.

Segundo artigo do estatuto do PT, o Diretório Nacional pode convocar a Comissão de Ética do partido para analisar as acusações contra o senador, que tem pelo menos dez dias para apresentar sua defesa. Em seguida, a comissão elabora um relatório recomendando à cúpula do PT expulsar ou não o parlamentar, ou a adoção de outras medidas disciplinares.

Outra opção é que o diretório decida não convocar a Comissão de Ética, devido à gravidade da acusação, e avaliar diretamente as medidas a serem tomadas. Mesmo nesse caso, Delcídio tem um prazo para se defender.

A avaliação do comando petista é de que o senador agiu "em benefício próprio" e que, por isso, não pode ser defendido pela legenda.

Quando Delcídio foi preso, o presidente do PT, Rui Falcão, divulgou nota para dizer que o partido "não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade" ao senador e que as acusações contra ele "não têm relação com sua atividade partidária".


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