Folha de S. Paulo


Justiça solta presos da fase 'Triplo X' da Lava Jato

Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress
Nelci Warken, Ricardo Honório Neto e Renata Pereira Brito, presos na 22ª fase da Lava Jato
Nelci Warken, Ricardo Honório Neto e Renata Pereira Brito, presos na 22ª fase da Lava Jato

O juiz federal Sergio Moro, que cuida da Operação Lava Jato, determinou nesta sexta-feira (5) a soltura da publicitária Nelci Warken e do empresário Ademir Auada, presos na última fase da operação, na semana passada, batizada de "Triplo X".

Ambos haviam sido presos temporariamente, mas o próprio Ministério Público Federal informou que eles estão colaborando com as investigações e, por isso, ficava desnecessária a manutenção da prisão –mesmo tendo Auada sido flagrado destruindo provas.

A força-tarefa da Lava Jato apura se Warken usou a estrutura de uma empresa sediada no Panamá para ocultar patrimônio e lavar dinheiro em favor do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e da cunhada dele, Marice Correa de Lima.

Já Auada figura como procurador da offshore Murray Holdings, que aparece como proprietária de um apartamento no edifício Solaris, o mesmo em que o ex-presidente Lula teria um triplex no Guarujá (SP).

Eles, porém, ficam proibidos de deixarem o Brasil ou mudar de endereço sem autorização judicial, além de obrigados a comparecer a todos atos do processo. Também foi determinado que entreguem seus passaportes à Polícia Federal.

"Apesar do contexto de falsificação, ocultação e destruição de provas, (...) na qual um dos investigados foi surpreendido, em cognição sumária, destruindo quantidade significativa de provas, a aparente mudança de comportamento dos investigados não autoriza juízo de que a investigação e a instrução remanescem em risco", escreveu Moro ao justificar a soltura.


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