O deputado federal Ricardo Tripoli disputará com o vereador Andrea Matarazzo e o empresário João Doria as prévias do PSDB para a eleição pela Prefeitura de São Paulo.
A escolha de Tripoli foi acertada nesta quinta-feira (7) em um encontro entre o também deputado federal Bruno Covas e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal. Os três anunciaram em novembro que lançariam um nome em conjunto para a disputa interna tucana.
O candidato do PSDB que enfrentará o prefeito Fernando Haddad (PT) sairá de uma votação no dia 28 de fevereiro.
Antes de anunciar que Tripoli entraria nas prévias do PSDB, o trio se reuniu durante duas horas com o governador Geraldo Alckmin, na noite desta quinta, no Palácio dos Bandeirantes. Bruno Covas disse ao governador que haveria duas formas de eles definirem um candidato: por meio das prévias ou que apoiariam um nome indicado por ele.
Alckmin, que já sinalizou apoio à pré-candidatura de João Doria, garantiu que a definição sairá da disputa interna. Só então eles apresentaram o nome de Tripoli.
'PÉ NA TÁBUA'
O governador Geraldo Alckmin, segundo o deputado Ricardo Tripoli, aprovou a escolha feita pelos três e o incentivou a começar a campanha interna com a militância do partido. "O governador me disse: "Pé na tábua, Tripoli."
"Além de ter sido o deputado do PSDB mais votado na cidade de São Paulo em 2014, ele é um nome que consegue aglutinar a base dos três [pré-candidatos] no partido", disse Bruno Covas. Antes de decidir por Tripoli, assessores de Covas e José Aníbal consultaram a base partidária de cada um para saber como o nome do deputado era aceito.
Embora a definição só tenha saído agora, Ricardo Tripoli já era apontado como o nome de consenso no trio de pré-candidatos caso o governador Alckmin sinalizasse que o candidato não sairia das prévias.
Bruno Covas já havia dito aos colegas que preferiria seguir com seu mandato na Câmara dos Deputados. Ele foi eleito um dos titulares do PSDB na chapa alternativa para a comissão especial da Casa que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mesmo com a chapa anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele pretende estar na comissão.
No comando do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal já havia dito que está centrado em questões nacionais do partido. Ele é o primeiro suplente do senador José Serra (PSDB-SP).