Folha de S. Paulo


Ministro da Casa Civil acusa Eduardo Cunha de manobras pró-impeachment

Pedro Ladeira/Folhapress
Jaques Wagner durante entrevista exclusiva em seu gabinete, no Palácio do Planalto
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, durante entrevista em seu gabinete

O ministro Jaques Wagner (Casa Civil) usou nesta segunda-feira (4) as redes sociais para criticar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na tramitação do impeachment, e mostrou confiança no resultado do processo.

"Vamos obter muito mais dos que os 171 votos necessários para barrá-lo porque esse processo, que nasceu como um instrumento de vingança, não tem fundamentação jurídica para seguir em frente", disse o petista.

Ele ainda elogiou a posição do STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito do trâmite do caso, ao afirmar que a Corte anulou "as manobras regimentais do presidente da Câmara".

"Eu, a presidenta Dilma e todo o governo estamos confiantes de que o processo de impeachment não sobreviverá aos primeiros testes na Câmara", concluiu.

Um dos principais auxiliares de Dilma, Wagner voltou a reconhecer falhas do governo na condução da economia nacional.

"Temos plena consciência de alguns erros que cometemos e das dificuldades que precisamos vencer na economia."

Em entrevista à Folha publicada nesta segunda (4), Wagner disse que "as medidas contracíclicas tomadas produziram um problema fiscal que ela [presidente Dilma] se impôs consertar".

Na semana passada, em entrevista a uma rádio, ele apontou como equívocos, por exemplo, "desoneração exagerada" e "programas de financiamento que foram feitos num volume muito maior do que a gente aguentava".

Nesta segunda, o petista ponderou, no entanto, que "impopularidade não é crime". "É um defeito, um problema que vamos seguir trabalhando para resolver."

Twitter Jaques Wagner


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