Folha de S. Paulo


Assessora de Jean Wyllys diz ter sido agredida ao protestar contra Cunha

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A assessora parlamentar da Câmara dos Deputados Evelyn Silva, militante do PSOL lotada no gabinete do deputado federal Jean Wyllys (PSOL), afirmou ter sido agredida com um soco por um agente da segurança da Câmara dos Deputados quando tentava fazer um protesto contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ela segurava uma camiseta com os dizeres "Fora Cunha".

O incidente ocorreu por volta das 15h desta terça-feira (15), no Salão Verde da Casa, instantes após o fim da entrevista coletiva concedida no mesmo salão pelo presidente da Câmara para falar da Operação Catilinárias, nova fase da Lava Jato, que cumpriu mandado de busca e apreensão na residência oficial do parlamentar, sob suspeita de envolvimento com corrupção.

Evelyn disse aos jornalistas que levou um soco e um empurrão. Já a camiseta foi apreendida. "Eu estava assistindo à coletiva em silêncio, em protesto pacífico, silencioso", disse a assessora. "Eu estava segurando a camiseta, não estava vestindo a camiseta. Dizia 'Fora Cunha', só isso. Era do partido", afirmou a assessora.

Outro agente, segundo ela, já tinha tentado lhe intimidar antes, ao tentar retirá-la do São Verde. Evelyn afirmou que, embora lotada no gabinete de Wyllys, seu protesto foi de iniciativa pessoal e com apoio do PSOL. "[O protesto] foi por conta própria, como militante que sou", disse ela.

OUTRO LADO

A assessoria de imprensa da Câmara informou que a Casa irá averiguar "o que efetivamente aconteceu" no Salão Verde, incluindo a checagem das imagens captadas por diversas câmaras de segurança do salão.

A assessoria disse ainda que, informalmente, o agente do Depol (Departamento de Polícia Legislativa) acusado por Evelyn afirmou que haveria uma proibição de manifestação política com faixas e cartazes no local e que, antes de apreender a camiseta, ele teria orientado a assessora a parar com o protesto, mas não foi ouvido.

Segundo a assessoria, Evelyn prestava depoimento às 16h desta terça-feira na coordenação de polícia judiciária do Depol, o que dará origem a uma apuração interna.


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