Folha de S. Paulo


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PSDB lança documento com propostas anticrise e rivaliza com PMDB

Para chamar de seu O PSDB também prepara um documento para se posicionar como alternativa de poder e apresentar saídas para a crise. O texto, que será lançado na segunda semana de dezembro, terá foco na área social e servirá de trampolim para tentar recolocar o partido como protagonista da cena nacional, palco até aqui ocupado pelo PMDB. Presidente da legenda, o senador Aécio Neves dirá que "o PT fracassou na última bandeira que lhe restava como discurso".

Notáveis Aécio pediu a economistas ideias para contornar a crise. O grupo é organizado por Armínio Fraga. O PSDB também prepara a revisão de pontos de seu programa partidário. Para tucanos, o PMDB não pode conquistar o papel de salvador da pátria.

Default O Planejamento pediu que os demais ministérios elaborem uma lista com todos os pagamentos que seriam atrasados caso o governo seja obrigado a cortar mais de R$ 100 bilhões para cobrir, de uma vez, o rombo fiscal deste ano.

Para inglês ver A instrução é apresentar cenários de calote em contas de água, luz, telefone e até do Minha Casa Minha Vida para embasar a defesa do governo de que, se pagar tudo agora, a administração federal para.

Minerva Com o placar no Conselho de Ética apertadíssimo -seriam nove votos contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e 10 votos a favor-, o deputado Paulo Azi (DEM-BA) tornou-se uma espécie de noiva da comissão.

Pênaltis Se votar contra, o desempate caberia ao presidente do Conselho, José Carlos Araújo, que optaria pela abertura do processo. Mas, se Azi ficar ao lado de Cunha, o caso morreria ali mesmo, sem precisar ir a plenário.

Em nome do pai Ligadíssimo ao prefeito ACM Neto, o deputado tende hoje pela abertura do processo, mas pode mudar de posição "em nome de algo maior". Ou seja: se Cunha tirar o impeachment da gaveta. Aliados do peemedebista já procuraram o prefeito para fazer a ponte.

Swing voters O mapa da votação dos vetos alarmou o Planalto. Apesar de terem recomposto a base pós-reforma, cerca de 100 deputados hesitaram em dar as caras para defender Dilma. O governo teme que eles façam falta em outras votações impopulares.

Entre amigos 1 Coordenado até 2013 por João Brant, atual número dois do Ministério da Cultura, o coletivo Intervozes foi contemplado com um dos dez prêmios de R$ 100 mil oferecidos pela pasta para iniciativas que promovam a "mídia livre".

Entre amigos 2 Esta é a terceira edição do prêmio. O coletivo não havia participado das edições anteriores, em 2009 e 2010. Brant declarou à Comissão de Ética da Presidência que é sócio da entidade, mas que está "afastado oficialmente" dela. Procurado, o MinC diz que ele não teve qualquer envolvimento no processo de seleção.

Sete chaves Órgãos do governo federal estão descumprindo determinações da CPI do BNDES de enviar documentos ao Legislativo.

Deixa estar O Banco do Brasil recebeu, nesta semana, ofício em que a comissão nega uma nova demanda para estender os prazos das solicitações e determina o "envio imediato" de papéis pedidos em seis requerimentos já aprovados pelos deputados.

Veredicto O TSE decidiu manter as multas aplicadas ao prefeito Fernando Haddad e ao ex-presidente Lula nas eleições de 2012. A Justiça entendeu que a entrevista da dupla ao vivo no "Programa do Ratinho" foi propaganda eleitoral antecipada.

Não dá mais A ação foi proposta por PPS e PSDB em maio daquele ano. Cada um desembolsará R$ 5.000. O apresentador Carlos Massa também foi multado em R$ 10 mil, e o SBT, em R$ 15 mil. Não cabe recurso.

Pressão O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, enviou carta ao Codefat pedindo a aprovação de seguro-defeso emergencial a pescadores das cidades de Minas e Espírito Santo atingidas pelo rompimento das barragens da mineradora Samarco.

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TIROTEIO

As ocupações não podem ser tratadas pelo governo como caso de polícia. A solução para o impasse está no diálogo e na negociação.

DE BETH SAHÃO (PT), líder da minoria na Assembleia paulista, sobre o governo Alckmin defender reintegração de posse nas escolas estaduais ocupadas.

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CONTRAPONTO

Na fila

No ato em que Ricardo Tripoli, José Aníbal e Bruno Covas anunciaram que estarão juntos na disputa interna do PSDB pela candidatura à prefeitura de São Paulo, Tripoli afirmou que o candidato do trio surgirá de um consenso. Chamado a falar, Covas soltou:
-Boa noite, meu nome é Bruno Covas e sou o futuro prefeito de São Paulo.
Percebendo certo constrangimento, emendou:
-Só não sei se vou suceder o Haddad, o Tripoli ou o Aníbal -disse, para gargalhada geral.

com PAULO GAMA e THAIS ARBEX


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