Folha de S. Paulo


Ato de esquerda em Brasília acaba sem confrontos com acampados anti-Dilma

As manifestações ocorridas nesta sexta-feira (13), em Brasília, transcorreram sem as tensões esperadas tanto pela Polícia Militar e pelos manifestantes pró-impeachment acompanhados em frente ao Congresso.

A corporação não precisou intervir em nenhum momento, enquanto os ativistas não foram alvo dos movimentos sociais de esquerda que defendem a presidente Dilma Rousseff.

Apenas um princípio de confronto foi registrado entre o JSB (Juventude Socialista Brasileira) e o movimento intervencionista, acampado no gramado central da Esplanada dos Ministérios, próximo ao Congresso Nacional.

Um homem fardado, contrário ao impeachment de Dilma, mas que defende a intervenção militar, bateu com uma barra de madeira em uma placa enquanto os jovens, que são favoráveis ao governo, passavam. Ninguém se feriu e a polícia não precisou interferir.

O grupo, de cerca de 500 pessoas (segundo a PM), foi o último a passar pela pista em frente ao Congresso. Antes, cerca de 4.000 (também segundo a PM) protestaram pela saída de Cunha, contra o PL 5.069/2013 –que entre outras coisas, dificulta que mulheres estupradas possam abortar– e em defesa da Petrobras.

Os manifestantes são da Frente Brasil Popular, que inclui grupos como MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores), além de também contar com apoio de UNE (União Nacional dos Estudantes) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e seguiram para o Ministério da Educação.

Mesmo o encontro com os manifestantes dos movimentos pró-impeachment de Dilma, que estão acampados em frente ao Congresso há três semanas, foi tranquilo. A Polícia Militar e a Legislativa da Câmara fizeram um cordão de isolamento entre a pista em que passaram os manifestantes de esquerda e o grupo dos acampados. Apenas gritos das posições políticas contrárias foram ouvidos.

Apesar da tranquilidade, a segurança em torno do Congresso foi reforçada desde o início da manhã. Policiais militares, com direito a cavalaria, e a Polícia Legislativa, que contou com a Tropa de Choque, acompanharam as movimentações.


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