Folha de S. Paulo


Sem consenso, sete nomes são citados no PSDB para Prefeitura de São Paulo

A ausência de um nome de consenso no PSDB para representar o partido na corrida à Prefeitura de São Paulo estimula a proliferação pré-candidatos nos bastidores da sigla. Ao menos sete nomes são citados hoje entre os tucanos como opção para 2016.

Até agora, apenas dois dos citados como possíveis candidatos na sigla se inscreveram para as prévias do partido, processo de disputa interna que deverá definir o nome do candidato entre março e abril do ano que vem: o vereador Andrea Matarazzo e o empresário João Doria Júnior.

Nos bastidores, no entanto, a cartela de opções é bem mais ampla, incluindo dois deputados federais, um secretário do governador Geraldo Alckmin e até o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB).

Empenhado há anos na tarefa de se viabilizar candidato da sigla, Andrea Matarazzo é visto como um nome que enfrenta restrições por causa de sua proximidade com o senador José Serra (PSDB-SP).

Assim como Alckmin, Serra aparece como pré-candidato do PSDB para as eleições presidenciais de 2018. O temor entre os aliados de Alckmin é que, uma vez escolhido candidato, Matarazzo use a influência no partido para auxiliar Serra na montagem de um palanque para a próxima disputa presidencial.

O vereador tem se esforçado para mitigar essa impressão. Quase semanalmente pede reuniões privadas com o governo e discute com Alckmin seus projetos para a cidade. O esforço, no entanto, não tem sido suficiente para conter os principais articuladores do governador.

Esse grupo, depois de flertar com a ideia de lançar o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Morais, agora cogita apresentar o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, como alguém que poderia ser recebido pela militância do partido como o candidato escolhido pelo governador. O nome de Capez aparece no mesmo contexto.

Promotor, tem ligação com temas relacionados à segurança, área considerada de forte apelo eleitoral em São Paulo. Na ala dos deputados federais tucanos, Bruno Covas voltou a se movimentar internamente. Além dele, Ricardo Tripoli também se coloca como interessado no posto. Outro nome sempre citado é o do suplente de senador José Aníbal, que disputou a candidatura internamente em 2012.


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