Folha de S. Paulo


Pesquisa com congressistas sobre saída de Cunha e Dilma é peculiar

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A pesquisa do Datafolha que mostrou que quase metade dos deputados apoiariam renúncia do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e que 39% dos congressistas (senadores e deputados) que participaram da pesquisa votariam pelo impeachment de Dilma, tem características peculiares e incomuns em pesquisas de opinião

O instituto ouviu 375 parlamentares entre os dias 19 e 28 de outubro, sendo 324 deputados e 51 senadores. Nas duas Casas, esses totais são 63% do total de cadeiras.

Os resultados apurados refletem a opinião dos congressistas ouvidos e foram ponderados segundo bancadas dos partidos. O pressuposto é que a filiação é uma variável importante na definição do voto.

Todos os 513 deputados e 81 senadores que compõem o Congresso Nacional foram contatados pelo Datafolha, seja pessoalmente, em Brasília, ou através das assessorias.

Os 37% que não aceitaram participar ou não responderam, somados aos que participaram mas não se posicionaram em determinadas questões, formam um grupo suficientemente grande para, eventualmente, alterar tendências dos resultados.

Trata-se de uma limitação incomum em pesquisas convencionais de opinião que o instituto costuma fazer com o eleitorado.

As respostas dos deputados e senadores representam a opinião atual dos entrevistados.

Eventos relacionados aos temas abordados que ocorrerão a partir daqui ou negociações políticas podem modificar as opiniões registradas.

É importante lembrar ainda que votações secretas ou nominais podem influenciar o comportamento do parlamentar. Na pesquisa, todos foram informados previamente sobre a confidencialidade das informações coletadas, recebendo a garantia do anonimato das respostas.


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