Folha de S. Paulo


Ministro do GSI lamenta extinção da pasta e diz que espera 'retificação'

Pedro Ladeira-16.jul.2013/Folhapress/
BRASILIA, DF, BRASIL, 16-07-2013, 10h30: O ministro chefe do Gabinete de Seguranca Institucional (GSI) Jose Elito Carvalho Siqueira. Sala de monitoramento do Centro de Inteligencia Nacional da ABIN (Agencia Brasileira de Investigacao). O CIN se prepara para monitorar a seguranca da visita do Papa, durante a Jornada Mundial da Juventude, em Aparecida (SP) e no Rio de Janeiro, na semana que vem. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
O ministro chefe do Gabinete de Seguranca Institucional (GSI) Jose Elito Carvalho Siqueira

Horas depois de anunciada a reforma ministerial, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general José Elito, divulgou nota nesta sexta-feira (2) em que lamentou a extinção da pasta e disse desejar a retificação da decisão da presidente Dilma Rousseff "no mais curto prazo".

"Ao saber no dia de hoje do conteúdo da reforma, cumpre-me, por um dever de lealdade e em memória aos que me antecederam, lamentar a decisão tomada que, no mais curto prazo, desejo que seja retificada para o bem da sociedade e do Brasil", escreveu Elito.

Na nova configuração da Esplanada, oito ministérios foram cortados. O GSI foi extinto e somente as competências do gabinete militar foram incorporadas à Secretaria de Governo, criada a partir da Secretaria-Geral da Presidência. Além do gabinete militar, a Secretaria de Governo, sob o comando de Ricardo Berzoini (PT), vai abranger a Secretaria de Micro e Pequena Empresa e a Secretaria de Relações Institucionais, também cortadas.

Há 4 anos e 9 meses no cargo, o general do Exército afirmou que, ao ser chamado por Dilma para conversar sobre a possibilidade de cortar sua pasta na reforma, argumentou que o GSI existia há 77 anos e que, por conta de suas "competências", era "essencial" manter o status de ministério.

Ainda segundo Elito, a presidente disse que ainda não havia tomado uma decisão e o encaminhou para uma conversa com o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil).

"Sensibilizado, [Mercadante] afirmou que abordaria o tema com a senhora presidente", diz Elito na nota. "Julguei, naquele momento, que a decisão a ser tomada pudesse ser favorável ao GSI", completou.

Editoria de Arte/Folhapress

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