Em mais uma ação contra a presidente Dilma Rousseff, os principais partidos de oposição e deputados dissidentes da base governista lançaram na manhã desta quarta-feira (16) o movimento "Basta de Imposto. Não à CPMF".
Ao longo dos discursos, DEM, PPS e Solidariedade afirmaram que levarão o caso às executivas dos partidos e fecharão questão contra novos impostos. "Todos os nossos parlamentares votarão contra", afirmou o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN).
O grupo é o mesmo que lançou, na semana passada, um movimento pelo impeachment de Dilma. Além de DEM, PPS e SD, também havia deputados do PSDB.
Mais uma vez, parlamentares do PSB e do PSOL não aderiram.
Um dos mais aplaudidos, o deputado peemedebista Lucio Vieira Lima (BA) –que também apoiou o movimento pelo afastamento da presidente– criticou a política econômica do governo e atacou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
"Alguém tem que avisar a ele [Levy] que o povo está sem dinheiro para comprar sanduíche", ironizou o deputado.
Ao anunciar a proposta para recriar a CPMF com alíquota de 0,2%,, Levy afirmou que "os dois milésimos que vamos pagar a cada sanduíche vão dar energia para a economia".
Também em reação contrária ao governo Dilma, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) protocolou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para congelar os impostos do país. A proposta pretende vedar novos tributos e também aumento dos já existentes por um período de quatro ano.
O texto, em caráter inicial, seguirá ainda um longo processo de tramitação no Senado e depois segue para a Câmara.