Folha de S. Paulo


Após reunião com Dilma, Levy segue para encontro do G20 na Turquia

Fernando Bizerra Jr./Efe
BRA 500 BRASILIA(BRASIL), 03/09/2015-O ministro da Fazenda brasileiro, Joaquim Levy deixa o Ministério da Fazenda, em Brasília para um encontro com a presidenta brasileira Dilma Rousseff.Levy cancelou sua participação na reunião do G20, que começou hoje na Turquia, mas mantém suas visitas na próxima semana para a Espanha ea França,segundo fontes oficiais.Levy estava programado para viajar hoje para a cidade turca de Ancara, onde os ministros das Finanças dos países do G20 se encontram, mas cancelou essa reunião, para participar uma série de reuniões com o presidente Dilma Rousseff em Brasília.EFE / FERNANDO BIZERRA JR ORG XMIT: BRA500
Ministro Joaquim Levy deixa o Ministério da Fazenda, em Brasília para um encontro com Dilma Rousseff

Após desmarcar sua viagem para a Turquia por conta de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mudou de ideia e decidiu embarcar para a reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G20.

Levy tinha divulgado a participação no evento, mas precisou adiar seu embarque após ser convocado para uma reunião com Dilma, para "discutir a relação", nas palavras de um auxiliar presidencial. Também estiveram no encontro os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

O ministro da Fazenda segue neste momento para o aeroporto de Guarulhos. Ele irá embarcar em um voo para Turquia previsto para decolar na madrugada desta sexta-feira (4). A reunião do G20 acontece na cidade turca de Ancara. Levy ainda tem compromissos previstos em Madrid e Paris e só deve retornar ao país na próxima quarta-feira (9).

A reunião entre Dilma, Levy, Mercadante e Barbosa, com quem o titular da Fazenda tem tido embates frequentes quanto à condução da política econômica do país, teve o objetivo de dar unidade interna ao discurso do chefe da equipe econômica para evitar que ele deixe o cargo por falta de apoio.

Depois do encontro, Mercadante afirmou que nem o país nem o governo podem "ficar confortáveis com um deficit de R$ 30,5 bilhões" e que o Executivo "vai lutar para melhorar a situação fiscal".

Na segunda-feira (31), o Planalto enviou ao Congresso uma proposta orçamentária com um inédito deficit primário de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Segundo Mercadante, a equipe de Dilma vai trabalhar para cobrir esse deficit com corte de gastos, sem descartar o aumento de receitas.

"O governo está ouvindo parlamentares, economistas, analistas para ver os vários cenários. Evidentemente para fazer as medidas que tenham menos impacto na vida da população e da economia, mas precisamos melhorar a receita e continuar o esforço para reduzir gasto", afirmou Mercadante.


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