Folha de S. Paulo


Dilma e Cunha devem se reunir nesta terça no Palácio do Planalto

Pedro Ladeira/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 16-04-2015, 10h00: Presidente Dilma Rousseff, na foto cumprimentando o presidente da câmara dos deputados dep. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), participa, ao lado do ministro da defesa Jaques Wagner e do comandante do exército, general Eduardo Villas Bôas, de cerimônia comemorativa do dia do exército, no quartel general do exército, em Brasília. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
Presidente Dilma Rousseff cumprimenta o deputado Eduardo Cunha em abril

A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), devem se reunir nesta terça-feira (1) no Palácio do Planalto. Será o primeiro encontro dos dois desde julho, quando Cunha anunciou publicamente seu rompimento com o Palácio do Planalto.

Segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), a reunião deve acontecer às 15h. Cunha, porém, afirmou à Folha que o horário "ainda não está definido", mas o encontro "pode acontecer amanhã".

Desde que foi eleito presidente da Câmara, em fevereiro deste ano, o peemedebista tem liderado importantes derrotas para o governo na Casa e, após ter sido acusado pelo lobista Júlio Camargo de receber US$ 5 milhões de propina no esquema da Petrobras, diz que é perseguido pelo Planalto. Segundo ele, o governo Dilma trabalha para incriminá-lo na Operação Lava Jato.

De lá para cá, o clima entre Dilma e Cunha só piorou, mas a presidente espera conseguir apoio do ex-aliado na construção de "saídas para o rombo fiscal", assim como pediu a deputados e senadores da base nesta segunda-feira (31). O governo apresentou a proposta de Orçamento da União de 2016 com déficit primário de R$ 30,5 bilhões, o que representa 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

Dilma fez um apelo aos parlamentares e pediu que eles apresentem medidas de aumento para a arrecadação do governo. A presidente desistiu de recriar a CPMF, o chamado imposto do cheque, depois da repercussão negativa que a discussão causou entre políticos e empresários e pretende dividir o ônus do possível surgimento de novos tributos com o Legislativo.


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