Folha de S. Paulo


Protestos contra governo Dilma ocorrem em todos os Estados e no DF

Os protestos deste domingo (16) contra o governo da presidente Dilma Rousseff ocorrem em todos os Estados do país, além do Distrito Federal.

Em São Paulo, cerca de 135 mil pessoas foram à avenida Paulista, de acordo com levantamento feito pelo Datafolha, desde as 14h. Nas manifestações de abril, a estimativa do instituto foi de 100 mil pessoas.

A Polícia Militar estimou o público presente neste domingo em 350 mil. Nas manifestações de abril, a estimativa da PM era de 275 mil pessoas e, nas de março, de 1 milhão.

Assista

Em Brasília, onde os manifestantes começaram a seguir em direção à Esplanada dos Ministérios por volta das 10h30, 25 mil pessoas participam do protesto, segundo estimativas da Polícia Militar. De acordo com os movimentos que organizam o ato, o público é de 45 mil.

Em março e abril do ano passado, atos semelhantes reuniram 45 mil e 25 mil pessoas na capital federal, de acordo com a PM.

Assista

No Rio, manifestantes lotam a orla de Copacabana com faixas e cartazes contra Dilma, o ex-presidente Lula e o PT.

Ainda não há estimativa de público –no protesto de abril, a PM do Rio não divulgou números, mas os organizadores falaram de 20 mil presentes. Em março, a PM calculou 100 mil presentes.

Em Salvador, a PM estima 4.000 pessoas no Farol da Barra e, em Belém, 1.500 pessoas na região central da cidade. Em Maceió, a estimativa da polícia é de 10 mil participantes.

POLÍTICOS

Em Belo Horizonte, a manifestação anti-Dilma contou com a presença do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), derrotado nas eleições presidenciais de 2014. Foi a primeira participação do tucano nos atos contra o governo.

Vice na chapa de Aécio, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) participou do ato em Brasília avaliou que, independentemente do número de manifestantes nas ruas, a rejeição à presidente Dilma Rousseff é "oceânica".

Assista

Segundo ele, o alívio dado ao Palácio do Planalto na última semana, quando foi apresentada agenda de reformas pelo PMDB no Senado Federal para superar a crise econômica, tem "fôlego curto".

A manifestação de Brasília teve ainda participação de políticos do PMDB, como o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que defendeu a renúncia de Dilma e a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo.

Em São Paulo, o senador José Serra (PSDB) foi às ruas e ouviu pedidos e cobranças dos manifestantes. Ele elogiou os protestos.

"É emocionante. Não tem sindicato, não tem partido por trás. Nem nas Diretas foi assim", disse.

Mapa dos protestos do dia 16 de Agosto


Endereço da página:

Links no texto: