Folha de S. Paulo


PF investigará ataque com bomba a Instituto Lula

Eduardo Anizelli/Folhapress
Buraco na porta da garagem do Instituto Lula causado por explosão no fim de julho
Buraco na porta da garagem do Instituto Lula causado por explosão no fim de julho

Por determinação do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), a Polícia Federal investigará o ataque a bomba feito contra o Instituto Lula, em São Paulo, em 31 de julho. Até então, as apurações sobre o caso estavam sob responsabilidade da Polícia Civil do Estado, pela 17ª DP.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo criticou a iniciativa do ministro.

Uma bomba de fabricação caseira foi arremessada de madrugada em direção à sede do instituto e deixou um buraco na porta da garagem do local, que fica no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital paulista. Não houve feridos.

O fato foi classificado como um "ataque político" pelo diretor do instituto Celso Marcondes e, na época, Cardozo afirmou que a motivação política do ataque não poderia ser descartada nas investigações.

Ele havia pedido a colaboração da PF no caso, mas apenas nesta sexta-feira (14) o órgão confirmou sua participação nas investigações.

A PF pode atuar no caso por se tratar de um ex-presidente da República. De acordo com a legislação, ex-presidentes têm direito a segurança pessoal.

A Secretaria da Segurança, no entanto, divulgou nota em que diz que "não há competência federal" para a investigação.

"Essa determinação de apuração pela Polícia Federal é meramente política", diz o comunicado da pasta.

Após o ataque, dezenas de manifestantes se concentraram em frente ao instituto em protesto.


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