Folha de S. Paulo


Procuradoria afirma que campanha do PT-MG sonegou R$ 6 milhões

O Ministério Público Eleitoral pediu a rejeição das contas do PT de Minas Gerais por ter sonegado R$ 6 milhões nas contas das campanhas de 2014. O partido foi responsável pela campanha do governador Fernando Pimentel, entre outros.

O documento, enviado pela Procuradoria Regional Eleitoral ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) nesta segunda-feira (3), afirma que o partido sonegou 31% da despesa com pessoal.

Ainda levanta outras irregularidades, como omissão de despesas, falta de registro de transferências a candidatos no valor de R$ 11 milhões e gastos não justificados com combustíveis no valor de R$ 400 mil.

Assinado pelo procurador eleitoral Patrick Salgado, o parecer diz que os valores em questão são "extremamente vultuosos" e comprometem a "transparência e, principalmente, a lisura das contas de campanha de qualquer partido, candidato ou Comitê Financeiro".

"Não é possível que num sistema de financiamento misto de campanhas eleitorais, como ainda vige no Brasil, onde o dinheiro público é destinado à manutenção dos partidos e de suas campanhas, se admita tamanha irregularidade na prestação de contas", diz.

Ele pede que a Receita Federal abra um procedimento de investigação fiscal para que, em seguida, o Ministério Público Federal apure se houve crime tributário.

Caso a legenda seja condenada, pode ter os recursos do fundo partidários cortados no Estado.

OUTRO LADO

Procurado pela Folha, o PT mineiro emitiu uma nota, onde afirma que: "O PT-MG informa que todas as questões apontadas no relatório técnico são alvo de medidas ingressadas pela assessoria jurídica e que serão devidamente esclarecidas durante o processo judicial, ainda em tramitação. O PT-MG reserva-se o direito de aguardar o julgamento final da Justiça Eleitoral".


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