Folha de S. Paulo


PSOL diz que não apoia nova frente de esquerda

A direção do PSOL emitiu nota nesta segunda-feira (29) para dizer que, apesar de deputados e senadores da legenda estarem participando das conversas pela formalização de uma nova frente de esquerda, a legenda não está oficialmente engajada no projeto.

"O PSOL esclarece que não está engajado em tal iniciativa, pois considera que a unidade dos partidos e movimentos sociais deve se dar em torno da luta contra a retirada de direitos e o ajuste fiscal promovidos pelo governo Dilma", diz o texto.

No último sábado (27). deputados e dirigentes da legenda no Rio de Janeiro participaram de reunião convocada pelo líder do MST, João Pedro Stédile, com integrantes de movimentos sociais e partidos políticos, entre eles o PT, para debater a formação da nova frente. Ao final da reunião foi elaborada uma ata com as resoluções do que está sendo chamado por enquanto de "Grupo Brasil".

Foi formalizado ainda um calendário de novas reuniões e atividades, com a previsão de uma conferência nacional em setembro. Dirigentes do PT, como presidente nacional da sigla, Rui Falcão, são entusiastas da frente. A coalizão também é defendida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em seu texto, o PSOL diz que está fora do movimento porque não quer se atrelar a uma frente que "busquem salvar partidos envolvidos com a atual crise política". " A presença de representantes de mandatos do PSOL naquele encontro não representa uma adesão àquela política: deixamos claro neste e em todos os encontros que, para nós, a verdadeira frente de esquerda que o Brasil precisa é aquela que vem sendo liderada pelo MTST em defesa das reformas populares, sem vínculos com governos ou estratégias que busquem salvar partidos envolvidos com atual crise política", encerra o texto.

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Lei abaixo a íntegra da nota

Em notícia divulgada no último sábado pela Folha de São Paulo, o PSOL é citado como um dos participantes de uma "frente de esquerda" liderada por dirigentes do PT, PCdoB e PSB e com a presença de alguns movimentos sociais. O PSOL esclarece que não está engajado em tal iniciativa, pois considera que a unidade dos partidos e movimentos sociais deve se dar em torno da luta contra a retirada de direitos e o ajuste fiscal promovidos pelo governo Dilma. Em nota divulgada na última semana [link abaixo], deixamos claro o caráter da frente que defendemos: um espaço que unifique aqueles que quiserem lutar contra as medidas regressivas em curso, e não um espaço para "pressionar" ou "disputar os rumos" do governo Dilma. A presença de representantes de mandatos do PSOL naquele encontro não representa uma adesão àquela política: deixamos claro neste e em todos os encontros que, para nós, a verdadeira frente de esquerda que o Brasil precisa é aquela que vem sendo liderada pelo MTST em defesa das reformas populares, sem vínculos com governos ou estratégias que busquem salvar partidos envolvidos com atual crise política.


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