Folha de S. Paulo


Com crise do PT, preferência pelo PSDB bate recorde, mostra Datafolha

Pesquisa Datafolha feita na semana passada mostra que, em meio à profunda crise do PT, a preferência do eleitorado pelo PSDB bateu seu recorde histórico. Conforme o instituto, 9% dos brasileiros aptos a votar manifestam simpatia pela sigla tucana.

Tomando-se o início deste ano como ponto de partida, há uma escalada da preferência pelo PSDB. Em fevereiro, 5% citavam o partido como o preferido. Em abril, 7%.

Já os simpatizantes do PT, segundo a mesma pesquisa, são 11% atualmente. Configura-se, portanto, um empate técnico entre os dois partidos que polarizaram todas as disputas pela Presidência da República desde 1994 —a margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.

A preferência partidária do eleitorado brasileiro é investigada pelo Datafolha desde 1989. O PT liderou as 137 pesquisas do gênero nesses 26 anos. Seu melhor desempenho ocorreu em março de 2013, também com Dilma Rousseff na Presidência, quando foi citado como o partido preferido por 29%.

Caiu em junho de 2013, após as grandes manifestações que se espalharam pelo país, mas jamais abaixo de 15% em seu primeiro mandato. O piso foi rompido neste ano, quando marcou 12% em fevereiro. Em março foram 9%, marca que não ocorria com o PT desde 1994. Em abril, 13%.

Editoria de Arte/Folhapress

No período da gestão do ex-presidente Lula (2003-2010), a preferência pelo PT variou entre 15%, no pior momento, e 26%, na última pesquisa realizada durante o seu mandato.

Depois de PT e PSDB, o único partido com algum ativo relevante no quesito simpatia popular é o PMDB, com 6% das preferências nacionais. PSB, PV e PSOL têm 1% cada. As demais agremiações não são citadas ou sequer chegam a 1%.

Em todas as pesquisas, o maior grupo sempre foi o dos que não tem nenhuma preferência partidária. Nesta última rodada do Datafolha, 67% responderam assim.

O instituto ouviu 2.840 pessoas em 174 municípios nos dias 17 e 18 de junho.


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