Para evitar uma eventual tentativa de fuga e garantir a prisão preventiva do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, a Polícia Federal destacou um helicóptero nesta sexta-feira (19), em São Paulo.
A aeronave, que ficou de prontidão, não chegou a ser utilizada.
Segundo o delegado Igor Romário de Paula, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, o condomínio em que vive Marcelo, no bairro Morumbi, é tido como um dos mais seguros de São Paulo.
Os policiais estavam receosos de demorar a entrar no local, por causa do esquema de segurança da propriedade, o que abriria uma possibilidade de fuga do executivo. Se isso ocorresse, o helicóptero seria acionado.
Não houve, porém, dificuldades no acesso e no cumprimento do mandado.
Próximo ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, o Condomínio Pignatari tem casas avaliadas em até R$ 30 milhões. O IPTU é de cerca de R$ 20 mil anuais, e o condomínio, R$ 2.300.
Marcelo Odebrecht foi preso preventivamente durante uma nova fase da Operação Lava Jato, que investiga a cobrança de propina em obras da Petrobras.
Segundo a Polícia Federal, o executivo tinha domínio de um esquema de cartel, fraude à licitação e corrupção na empresa, mais sofisticado do que em outras empreiteiras já investigadas na Lava Jato. A Odebrecht disse, por meio de nota, que a prisão era desnecessária, já que sempre colaborou com as investigações.