Folha de S. Paulo


'Nunca se roubou tanto em nome de uma causa', diz FHC em vídeo do PSDB

No programa nacional do PSDB, que irá ao ar na noite desta terça-feira (19), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso atacará a gestão petista na Petrobras e dirá que "nunca antes na história desse país se errou tanto e se roubou tanto em nome de uma causa".

O escândalo na estatal é um dos temas mais explorados no filme e integra as falas de FHC e do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG), que disputou a última eleição presidencial e foi derrotado pela presidente Dilma Rousseff.

Como antecipou a coluna Painel, da Folha, FHC diz que é preciso "passar a limpo" o que houve na empresa e que os desmandos começaram antes do governo Dilma, com a chegada do ex-presidente Lula ao poder.

"A primeira coisa para reerguer o Brasil é passar a limpo os erros que nos trouxeram até aqui. A raiz da crise atual foi plantada bem antes da eleição da atual presidente. Os enganos e desvios começaram já no governo Lula", diz FHC.

O ex-presidente afirma ainda que o "não só a Petrobras foi roubada", mas "o país foi iludido com sonhos de grandeza enquanto a corrupção corria solta".

Aécio também aborda os problemas na estatal e diz, de maneira velada, que há um risco para o país com a manutenção do PT no poder. "Se a corrupção ganhar, ela vai voltar cada vez pior, cada vez mais forte. É hora de fazer o que é certo", diz o tucano no filme.

Numa vacina contra o discurso de petistas de que expressa o desejo de golpistas ao criticar a presidente Dilma, Aécio reafirma que seu partido respeita o resultado das eleições, mas ressalta que o povo escolheu um governo, mas também elegeu uma oposição. "Para nós, palavra empenhada numa eleição é para ser honrada", encerra o senador.

MENTIRA

O programa também evidencia a tese da oposição de que Dilma enganou o povo para se reeleger, relembrando promessas feitas por ela durante a última eleição. Falas da presidente sobre o controle da inflação, o reajuste nas contas de energia e a promessa de não arrochar salários nem cortar direitos dos trabalhadores são destacadas.

Desde o início do mandato, Dilma iniciou um ajuste fiscal e mudou as regras para a concessão do seguro-desemprego, por exemplo, endurecendo as normas para acesso ao benefício. Um locutor ressalta que todo mundo aprende ainda criança que "mentir é feio" e que, quando é a presidente quem mente, o caso é "mais grave".

A propaganda é permeada por lemas que defendem a atuação da oposição. "Ser oposição não é dizer não a tudo. É ser a favor do país", diz o principal deles. Além de Aécio e FHC, os líderes do PSDB na Câmara e no Senado, deputado Carlos Sampaio (SP) e senador Cássio Cunha Lima (PB) também aparecem na peça.


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