Folha de S. Paulo


Museu em Curitiba recebe 139 telas apreendidas na Operação Lava Jato

A Polícia Federal entregou na tarde desta quinta-feira (19) ao Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, 139 telas apreendidas durante a décima fase da Operação Lava Jato. Do total, 131 pertenciam ao ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque. As outras oito eram do empresário Adir Assad, que também foi preso nessa fase da operação.

Entre as obras, há telas de Alberto da Veiga Guignard, Djanira e Heitor dos Prazeres. É a terceira vez que o museu recebe quadros de envolvidos na Lava Jato. A primeira remessa tinha 16 telas, e a segunda, 48.

Elas serão exibidas ao público a partir do dia 14 de abril, em mostra que ganhou o nome de "Sob a Guarda do Museu".

Divulgação/PF
Quadro que seria de Miró, apreendido pela Polícia Federal
Quadro que seria de Miró, apreendido pela Polícia Federal

"Nesse primeiro momento, vamos expor tudo que recebemos. Se não for exposto, é porque não coube na sala", conta a diretora cultural do museu, Estela Sandrini.

As obras recebidas nesta quinta passarão por quarentena para limpeza, levantamento do histórico, ficha técnica e procedência. "Se ela tiver problema de fungo, ou algo assim, não vamos mostrar para não contaminar as outras obras. Se não tiver procedência legal também não vamos expor", afirma a diretora.

De acordo com o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, todas as 131 obras de Renato Duque ficavam expostas dentro de seu apartamento.

"Elas estavam espalhadas pela casa: nos quartos, nos corredores e na sala de ginástica. É um apartamento grande, de dois andares. Ele tinha um quarto reservado para segurança escondido atrás de um armário, mas apenas para guardar joias e documentos da família", disse o delegado.


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