O protesto contra o governo Dilma Rousseff levou 210 mil pessoas à av. Paulista, no centro de São Paulo, neste domingo (15), segundo o Datafolha.
O número se refere à quantidade de pessoas diferentes que, em algum momento do dia, foram à manifestação.
É a maior aglomeração medida pelo instituto em um ato político desde as Diretas-Já, no dia 16 de abril de 1984. Naquela data, 400 mil se reuniram no vale do Anhangabaú.
No horário de pico deste domingo, às 16h, o Datafolha registrou 188 mil pessoas na Paulista.
No auge das manifestações de junho de 2013, por exemplo, houve 110 mil manifestantes. Atos não políticos já registraram números maiores, contudo: a Marcha para Jesus levou 335 mil pessoas às ruas em 2012, enquanto a Parada Gay do mesmo ano atraiu 270 mil.
POLÍCIA
A Polícia Militar afirma que o protesto reuniu, por volta das 15h40, aproximadamente 1 milhão de pessoas. Segundo a PM, sua medição usa "recursos de mapas e georreferenciamento, baseadas nas imagens aéreas colhidas por um dos helicópteros Águias, determinando a extensão principal da manifestação, bem como, a ocupação das ruas adjacentes adotando como parâmetro de cálculo, naquele momento, de 5 pessoas por metro quadrado".
A polícia afirma que considerou toda a extensão da avenida e ruas adjacentes e paralelas.
Em estudo para reportagem da revista "sãopaulo", da Folha, em 2011, o Datafolha estimou que "a área de 135,5 mil m² da avenida [Paulista] suportaria 950 mil em sua aglomeração máxima".
Tal concentração equivale a uma "situação de confinamento" -sete pessoas por metro quadrado, o equivalente ao que ocorre em trens do metrô nos horários de pico. O instituto diz não ter registrado tal situação no domingo (15).
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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