Folha de S. Paulo


Após reunir 40 mil, protesto termina em Ribeirão Preto sem tumultos

O protesto em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), que reuniu 40 mil pessoas de acordo com levantamento da PM, se dispersou seguindo orientação dos organizadores.

Os manifestantes começaram a se reunir por volta de 8h30 na praça Carlos Gomes, onde foram distribuídos apitos, vuvuzelas, bexigas e faixas. Também houve a venda de camisetas com os dizeres "Fora, Dilma", a R$ 10 cada.

A manifestação foi organizada pelos movimentos Brasil Livre, Vem Pra Rua e Reage Ribeirão, por meio de redes sociais. Entre os líderes estava o empresário André Rodini, coordenador regional do PV, que negou que o movimento tenha sido de caráter partidário.

Entretanto, militantes tucanos estavam presentes, como a vereadora Gláucia Berenice e os ex-vereadores Nicanor Lopes e Silvana Resende, além de Mariana Jábali, viúva do ex-prefeito de Ribeirão, Luiz Roberto Jábali. Empresários, estudantes e aposentados eram a maioria.

A principal reivindicação foi de impeachment da presidente. Nair Nogueira, mãe do deputado estadual de Logística e Transportes, Duarte Nogueira (PSDB), também participou do ato, mas disse que não vê motivos para impeachment de Dilma.

"[Impeachment] é uma palavra forte. O que precisa é de maior conscientização, de despertar esta vontade de ver o país mudar de forma honesta", afirmou.

Também havia um grupo, em número menor, que pedia a saída da prefeita Dárcy Vera (PSD). "A nossa cidade está um caos, com problemas de infraestrutura por toda a parte", disse Fernando Beordo, 32, que segurava um cartaz que dizia "Fora Dilma e leva nossa prefeita Dárcy Vera com você".

Com dois trios elétricos, o protesto percorreu o centro até o cruzamento das avenidas Nove de Julho e Independência, onde terminou após cerca de duas horas e meia. De acordo com a PM, não houve o registro de ocorrências.

Os manifestantes vestiram camisas amarelas e levavam milhares de bandeiras do Brasil. Algumas faixas pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e intervenção militar.

Perto das 11h30, os participantes dos protestos lotavam 13 quarteirões da avenida Independência. Quando chegaram ao fim da avenida, os organizadores pediram que os manifestantes, por segurança, deixassem a rua e divulgassem as fotos em redes sociais.

Às 12h30, as pessoas começaram a ir embora. Os organizadores afirmaram que um novo ato será marcado na cidade, ainda sem data definida.

Mapa dos protestos de março de 2015; Crédito Rubens Fernando/Editoria de arte/Folhapress


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