Folha de S. Paulo


MST 'importa' militantes de outros Estados para ato no Rio

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), uma das organizações por trás da manifestação em defesa da Petrobras que aconteceu nesta sexta (13) no Rio, trouxe assentados de São Paulo e do Paraná para engrossar a manifestação.

O Rio de Janeiro foi uma das cidades em que houve manifestação de centrais sindicais, de grupos estudantis e de sem-terra para defender a Petrobras, alegando que a estatal sofre um ataque e que, apesar do escândalo de propinas, ela deve ser salva.

O MST compareceu ao ato com 20 ônibus, sendo que 7 eram do Estado do Rio e 13 vieram de fora (8 do Paraná e 5 de São Paulo).

Segundo o dirigente estadual do MST Marcelo Durão, os assentados de fora do Estado vieram para reforçar a manifestação no Rio, Estado que, segundo ele, tem um volume menor de membros do movimento.

Os assentados que vieram do Paraná e São Paulo embarcaram na quinta (12) e chegaram ao Rio só para o ato no centro da cidade.

Os militantes fluminenses são de cidades do norte do Estado. Um deles é Mário Besteti, 59, de um assentamento chamado Iraí. Ele relata que pela manhã desta sexta (13) participou de um ato em uma refinaria de Duque de Caxias e depois prosseguiram para a capital do Rio para engrossar o ato em defesa da Petrobras.

Besteti diz que apesar de estar no ato e ser favorável à presidente Dilma, ele diz que a reforma agrária deveria ser "mais contundente", e que, apesar de ele mesmo já estar assentado, conhece um acampamento com 700 famílias que ainda esperam um lote de terra.

No caminho entre o norte do Estado e a cidade do Rio, os militantes do MST receberam uma camiseta laranja, que remete ao uniforme da Petrobras para usar no ato. Mas alguns assentados afirmaram que não estão totalmente inteirados do que é a Operação Lava Jato. "Eu não tenho energia elétrica, não acompanho direito o escândalo", conta Besteti.


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