A Petrobras é alvo de uma nova ação coletiva nos Estados Unidos, desta vez acusada de participar de um esquema de corrupção na distribuição de energia em Porto Rico. A fraude teria gerado mais de US$ 1 bilhão em prejuízos para os consumidores desde 2002.
De acordo com o processo, a distribuidora Prepa (Puerto Rico Electric Energy Authority) comprava óleo combustível de qualidade inferior à especificada usando laudos falsificados de laboratórios que faziam parte do esquema. Depois, cobrava dos consumidores um preço correspondente ao produto de melhor qualidade.
A ação lista 20 empresas, laboratórios e funcionários da Prepa supostamente envolvidos na fraude. O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, é citado nominalmente no processo. Além da brasileira, também foram incluídas companhias como a Shell e a Puma Energia.
A advogada Elizabeth Fegan, do escritório Hagens Berman, afirmou que, até o momento, não há indícios de a Petrobras tenha subornado funcionários da Prepa, mas teria pago a eles viagens ao Brasil e "grandes festas". Além disso, afirmou, a empresa brasileira só contratava laboratórios que aceitavam falsificar os laudos.
A Petrobras também é alvo de cinco ações coletivas de investidores nos EUA por prejuízos relacionados ao esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato.