Folha de S. Paulo


Maria Helena Gregori morre aos 77 anos, em São Paulo

Morreu neste domingo (15) em São Paulo, aos 77 anos, a ativista social Maria Helena Gregori, mulher do ex-ministro da Justiça José Gregori. Com trajetória marcada pela militância contra a ditadura, a favor da anistia e dos direitos humanos, Maria Helena deixa três filhas: Maria Stella, Maria Filomena e Maria Cecília.

Na juventude, Maria Helena integrou o comitê executivo de organização das Diretas Já, pela realização de eleições presidenciais após o golpe. Atuou nos bastidores das campanhas de Franco Montoro (1982) ao governo de São Paulo e de Fernando Henrique Cardoso à prefeitura (1986).

Na capital paulista, foi assessora especial de Direitos Humanos da ex-prefeita Luiza Erundina (PSB).

Luciana Cavalcanti - 02.set.2004/Folhapress
Maria Helena Gregori, em setembro de 2004, no lançamento do livro
Maria Helena Gregori, em 2004, no lançamento do livro "Bom pra Cachorro", da chef Roberta Sudbrack, em São Paulo

Muito amiga de Ruth Cardoso, chefiou o gabinete da ex-primeira-dama na ONG Comunidade Solidária. Também foi presidente da Fundacentro em São Paulo.

Desde 2008 vinha lutando contra uma série de problemas de saúde, como lúpus e câncer. Recentemente, seu estado se agravou em decorrência de uma pneumonia.

"O que nos marca é o espírito cívico muito acentuado e uma força pessoal muito grande para superar todas as dificuldades nos últimos anos", diz a filha Maria Filomena.

O ex-ministro José Gregori, que foi casado com Maria Helena por 53 anos, lembra que a mulher trabalhava para fortalecer "movimentos feministas em seu nascedouro" e que a disposição pelo ativismo social fez de sua casa uma espécie de sala de reuniões permanente para discussões sobre as Diretas.

O velório de Maria Helena acontecerá neste domingo, na rua São Carlos do Pinhal, 376, a partir das 19h. O enterro será nesta segunda-feira (16), às 11h, no Cemitério da Consolação.


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