Folha de S. Paulo


'Respondi a tudo com transparência, lisura e tranquilidade', diz Vaccari

O tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, afirmou nesta quinta-feira (5) que esclareceu com "transparência" e "tranquilidade" todas as perguntas feitas pela Polícia Federal. A declaração do petista, feita após prestar depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, foi divulgada pelo site oficial do PT.

Ele chegou à sede da Superintendência da PF em São Paulo, na Lapa, por volta das 9h30 e deixou o local de táxi, às 12h30, acompanhado por um advogado.

Por meio de seu advogado, Vaccari afirmou que "há muito ansiava pela oportunidade de prestar os esclarecimentos que nesta data foram apresentados à Polícia Federal, para de forma cabal, demonstrar as inúmeras impropriedades publicadas pela imprensa nos últimos meses, envolvendo seu nome".

Ele reiterou que o PT não trabalha com caixa dois e não tem conta no exterior, que não recebe doações em dinheiro e somente recebe contribuições legais ao partido.

"Sua defesa registra ainda, que o Sr. Vaccari permanece à disposição das autoridades, para prestar todos e quaisquer esclarecimentos, e que sua condução coercitiva, desta data, entendeu-se desnecessária, pois bastaria intimá-lo, que o Sr. Vaccari comparece e presta todas as informações solicitadas, colaborando com as investigações da Operação Lava Jato, como sempre o fez", informa a nota de seu advogado, Luiz Flávio Borges D'Urso.

Segundo o delegado Igor Romário de Paula, Vaccari foi conduzido para esclarecer o "pedido de doações legais e ilegais" ao PT, feito por ele tanto a pessoas que tinham contratos com a Petrobras quanto a quem não tinha. Vaccari chegou à sede da Superintendência da PF em São Paulo, na Lapa, por volta das 9h30 e deixou o local de táxi, às 12h30, acompanhado por um advogado.

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que firmou acordo de colaboração premiada com a Justiça, afirmou em depoimento que PT pode ter recebido de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 de propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras.

Ele afirmou que Vaccari Neto teve "participação" no recebimento desse suborno. Vaccari Neto, de acordo com ele, ficou, até março de 2013, com US$ 4,5 milhões.

Segundo Barusco, Vaccari participou pessoalmente de um acerto fechado entre funcionários da Petrobras e estaleiros nacionais e internacionais relativos a 21 contratos para construção de navios equipados com sondas, contratações que envolveram ao todo cerca de US$ 22 bilhões.

"Todas as perguntas feitas pelo delegado foram esclarecidas. Respondi a tudo com transparência, lisura e total tranquilidade", afirmou Vaccari na nota publicada no site do PT.


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