Candidato favorito na disputa pela presidência da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse nesta segunda-feira (26) que o voto secreto ajudará sua eleição para o comando da Casa no próximo domingo (1).
"Se há o constrangimento de alguns serem pressionados por quem quer que seja para não votar em mim, o voto secreto obviamente me ajuda", afirmou após almoço com a bancada paulista do PSDB em São Paulo.
Os tucanos apoiam oficialmente o deputado Julio Delgado (PSB-MG) para a presidência da Câmara, mas Cunha apostou na dissidência de alguns deles para pedir votos.
"Não coloco apoio nem expectativa de apoio na boca dos outros", disse o peemedebista. "Mas sem dúvida o voto secreto me favorece."
O presidente do PSDB-SP, Duarte Nogueira, afirmou que o apoio da bancada tucana a Delgado está "mantido", mas não pode garantir o voto de 100% dos deputados de seu partido. "O voto é secreto. Temos a orientação da bancada, mas não posso abrir o voto de cada colega."
Nogueira disse ainda que Cunha foi quem pediu para participar da reunião mas que não houve conversas sobre um apoio do PSDB a ele num eventual segundo turno.
AGENDA DE CAMPANHA
Mais cedo, Cunha já havia defendido o voto secreto como uma forma de "proteger os deputados" em outro almoço na capital paulista, desta vez com parlamentares que o apoiam de diversos partidos, entre eles Paulinho da Força (SD-SP), Baleia Rossi (PMDB-SP) e Milton Monte (PR-SP).
O secretário de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita (PMDB), passou rapidamente pelo evento apenas para cumprimentar Cunha.
No início da manhã, o candidato do PMDB à presidência da Câmara participou de um encontro na sede da Força Sindical, onde defendeu o financiamento privado de campanha, disse que sua candidatura "não é de oposição nem submissão" ao governo e afirmou ainda que ninguém precisará "ir ao Procon reclamar da minha atuação como presidente. Vou fazer aquilo que estou prometendo na campanha."