Folha de S. Paulo


Eduardo Cunha diz que citação a seu nome é frágil

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou nesta terça (6) que já tinha conhecimento sobre a citação ao seu nome por parte do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca", durante as investigações da Operação Lava Jato.

Ele terá uma investigação a seu respeito pedida pelo Ministério Público Federal ao STF (Supremo Tribunal Federal), segundo reportagem da Folha desta quarta-feira (7).

Cunha disse que teve acesso ao depoimento de Careca. Nele, segundo o deputado, o funcionário de Alberto Youssef relatou ter entregue um determinado valor em um condomínio na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, e "teria ouvido dizer" que se tratava do endereço do peemedebista.

O deputado argumenta que mora num outro condomínio, também na Barra, mas diferente do citado por Careca.

"É um fato absolutamente conhecido. Ele não afirma que se trata de mim, mas que apenas ouviu dizer. E a localização não tem nada a ver comigo, o endereço não bate com o meu endereço. Estou absolutamente tranquilo", argumentou o peemedebista.

Cunha contou ainda que um representante da defesa de Jayme Oliveira Filho procurou um dos seus advogados. De acordo com Eduardo Cunha, a defesa de Careca afirmou que fará uma petição esclarecendo o fato.
"Ele não afirma e não me acusa. Isso não é de hoje", concluiu Cunha.

O deputado acrescentou que, numa das interceptações telefônicas da Operação Lava Jato, Youssef fala com um interlocutor sobre Eduardo Cunha, mas que se trata de um homônimo.

Em outras ocasiões, Cunha sempre defendeu cautela em relação às suspeitas sobre outros políticos como forma de de evitar prejulgamentos.

Editoria de Arte/Folhapress

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