Folha de S. Paulo


Alckmin admite que deve trocar comando da CPTM

Após defender o presidente da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Mário Bandeira, das acusações de envolvimento no cartel de trens de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu, pela primeira vez, que deve trocar o comando da empresa.

"[A substituição] é provável", disse nesta terça-feira (9) durante evento de entrega da reforma do obelisco, monumento em homenagem aos soldados da Revolução Constitucionalista de 32, no Ibirapuera.

Bandeira foi indiciado pela Polícia Federal, na última quinta-feira (4), no inquérito que investigou esquema de fraude em licitações de trens entre 1998 e 2008, durante governos estaduais do PSDB. O diretor de operações da CPTM, José Luiz Lavorente, também foi citado.

"O doutor Mário Bandeira tem 41 anos de serviço público, é uma pessoa extremamente respeitada", disse o governador, neste sábado (6).

O presidente e o diretor da companhia são os únicos servidores públicos da lista de 33 nomes elaborada pela PF que ainda estão nos respectivos cargos.

Ambos são investigados por crime licitatório porque assinaram, em 2005, aditamento a um contrato com o consórcio Cofesbra, formado pelas companhias Alstom, CAF e Bombardier, realizado mais de 10 anos antes, para compra de 12 trens ao preço de R$ 223,5 milhões.

Segundo o tucano, a substituição deve ocorrer após a conclusão das definições sobre a reforma do secretariado, prevista para a segunda metade do mês de dezembro. "Estamos estudando primeiro as secretarias. Depois vamos ver as empresas", disse.

O governador atribuiu a troca na presidência da CPTM à renovação do mandato.


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