Folha de S. Paulo


Alvos da Lava Jato doaram R$ 73 mi para Dilma e Aécio

As empreiteiras envolvidas na sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga desvios de verbas e pagamento de propina na Petrobras, repassaram R$ 72,5 milhões às campanhas presidenciais de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) neste ano.

As doações foram feitas pelas empresas Odebrecht, Camargo Corrêa, OAS, UTC, Queiroz Galvão, Engevix e Galvão Engenharia, além de suas subsidiárias. Todas foram alvo de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal no último dia 14.

Com exceção da Odebrecht, todas as demais firmas também tiveram presidentes ou diretores presos durante a operação.

Editoria de arte/Folhapress

Também alvos da Lava Jato, as empresas Iesa e Mendes Júnior não fizeram repasses na eleição deste ano a nenhum candidato, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Entre os dois presidenciáveis, Dilma foi quem recebeu o maior montante de doações dessas empreiteiras: R$ 53,3 milhões. Esse valor representa 15% do total das receitas declaradas pela presidente eleita à Justiça Eleitoral.

Isso inclui as chamadas doações estimadas –serviços prestados e calculados como doações financeiras.

A OAS foi a empresa dentre as investigadas que mais repassou à petista, com um total de R$ 20 milhões.

Aécio recebeu, ao todo, R$ 19,2 milhões do grupo, o que corresponde a 9% de sua arrecadação total. A Odebrecht doou o maior volume de recursos (R$ 8 milhões).

Ainda assim, o valor é inferior aos R$ 16,7 milhões repassados pela empreiteira a Dilma. Nenhuma das empresas doou mais ao tucano que à campanha da presidente.

Galvão Engenharia e Engevix doaram apenas à candidata petista.


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