Folha de S. Paulo


Prestes a deixar ministério, Mantega se reúne com Dilma nesta segunda

No primeiro dia após ser reeleita, a presidente Dilma Rousseff se reuniu na tarde desta segunda-feira (27) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no Palácio da Alvorada, residência oficial em Brasília. O ministro chegou sozinho e permaneceu por quase uma hora.

Uma das primeiras medidas aguardadas pelo mercado é o anúncio de quem substituirá Mantega no segundo mandato. Ainda durante a campanha eleitoral para o primeiro turno, Dilma sinalizou a saída do ministro como um aceno de reaproximação com o setor empresarial. Dias depois, ela afirmou que a saída foi um pedido do próprio Mantega.

Um dos cotados para assumir a vaga é o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, conforme informou a coluna Mônica Bergamo, na Folha. Ele se aposenta no ano que vem, aos 65 anos e teria a capacidade de acalmar o mercado financeiro.

Mais cedo, Mantega afirmou em entrevista à imprensa que o resultado do pleito eleitoral mostra que a população aprova a política econômica do governo.

No entanto, o ministro afirma que ainda há grandes desafios para que a economia entre em um novo ciclo de crescimento.

"Temos grandes desafios pela frente, para podermos adentrar num novo ciclo de expansão da economia brasileira e mundial. Estamos trabalhando com cenários adversos, porque a economia mundial não melhorou como deveria", afirmou, voltando a citar a crise internacional como um dos entraves para o crescimento da economia brasileira.

Pedro Ladeira - 4.set.2014/Folhapress
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante reunião em Brasília
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante reunião em Brasília

Para Mantega, que não permanece na cadeira no segundo mandato da presente Dilma, as prioridades daqui para frente da equipe econômica são: um bom resultado fiscal, controle da inflação, mais empregos e um mercado interno em expansão.

O ministro disse ainda que é preciso fortalecer os fundamentos fiscais da economia, manter a inflação sob controle, continuar gerando emprego, manter estímulos ao investimento, fortalecer a indústria brasileira e estimular o mercado de capitais. Mas não deu detalhes de que medidas virão.

Pela manhã, Dilma permaneceu no Palácio da Alvorada. O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, esteve com a presidente. A noite, Dilma dará entrevistas para a Record e para a Rede Globo.


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